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Israel atacou na quarta-feira combatentes islâmicos na Faixa de Gaza, pela primeira vez desde que o Hamas assumiu o controle do território, e suspendeu o embargo à Autoridade Palestina, abrindo contatos com o novo governo da Cisjordânia ocupada.

Soldados israelenses mataram quatro supostos combatentes palestinos ainda durante a madrugada, numa incursão na Faixa de Gaza para caçar militantes. Israel também realizou bombardeios aéreos contra locais usados para lançar foguetes, depois que um desses mísseis disparados em Gaza atingiu Israel.

As milícias islâmicas do Hamas derrotaram há uma semana a facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, e impuseram seu controle sobre o território.

Dois outros guerrilheiros palestinos, um da Jihad Islâmica e outro da Fatah, foram mortos em um tiroteio na Cisjordânia, o maior dos dois territórios palestinos, onde Israel mantém uma força de ocupação e a Fatah continua dominante.

A ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, fez o primeiro contato diplomático de alto nível de Israel com o gabinete de emergência formado por Abbas na Cisjordânia depois dos combates da semana passada.

Livni disse por telefone ao premiê palestino, Salam Fayyad, que o estabelecimento desse gabinete de emergência, em substituição ao que era liderado pelo Hamas, poderia permitir "progressos em várias questões, além de avanço no processo político".

Mark Regev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, disse que a conversa "representa o começo de um diálogo entre os dois governos, um diálogo que infelizmente ficou parado pelo período durante o qual o Hamas controlou o governo palestino".

"Estamos ansiosos em continuar abordando o novo governo palestino", disse Regev.

Israel não manteve contato com o governo palestino anterior durante os 15 meses em que o Hamas controlou o gabinete. Nesse período, foram mantidos os contatos com o moderado Abbas, eleito separadamente.

Abbas dissolveu o governo liderado pelo Hamas na quinta-feira passada. O Hamas rejeitou o novo governo de Abbas e ainda se considera à frente da coalizão.

O resultado é um cisma que deixa Gaza, uma faixa de 40 quilômetros na costa mediterrânea, isolada por trás de um denso cordão militar israelense e de um bloqueio econômico reforçado.

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