Israel afirmou nesta quarta-feira que a liderança palestina deveria deixar de lado sua campanha diplomática para ampliar o paralisado processo de paz no Oriente Médico e retornar às conversas diretas.
"Não há dúvida de que o processo (de paz) está atualmente em um impasse", disse o porta-voz do governo israelense Mark Regev à rádio BBC em Londres.
"Está claro, infelizmente, que a liderança palestina adotou uma política na qual se recusa a se comprometer diretamente com Israel. E eu pergunto a eles: 'Como vocês esperam fazer paz com Israel se não estão dispostos a falar com Israel?'".
Regev disse ser uma "ilusão" acreditar que há qualquer alternativa a um acordo de paz negociado.
Mas o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, disse que as conversas com Israel, paralisadas há três meses com o fim da moratória israelense na construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada, chegaram a um beco sem saída, e que outras opções deveriam ser buscadas.
Entre elas, está a manobra diplomática de ganhar o reconhecimento do Estado palestino independente pelo maior número possível de países da ONU. Brasil, Argentina e outros países latino-americanos anunciaram recentemente o reconhecimento da Palestina.
"Não precisamos de negociações mais", disse Erekat, que por reiteradas vezes lembra que o processo de paz ocorre há 17 anos desde os acordos interinos de Oslo, em 1993.
"Agora, é hora para decisões e as decisões são ordenadas pelos líderes", disse ele.
Os termos de referência para um eventual acordo de paz devem ser acertados pelo Quarteto, composto por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU, segundo Erekat.
"Secundariamente, queremos que o Conselho de Segurança busque uma segunda resolução sobre a contínua atividade de assentamento israelense, pedindo por um congelamento, para que nós possamos continuar com as negociações", disse.
Tal resolução poderia ser levada ao Conselho de Segurança ainda em janeiro, segundo informações da imprensa palestina.
O terceiro ponto, segundo Erekat, é que "estamos pedindo para os países, no ar, que aceitem o Estado palestino de 1967 - isto é o que estamos tentado alcançar".
Regev disse que a manobra unilateral dos palestinos não ajudaria a causa de um acordo de paz genuíno para encerrar o conflito de 62 anos e atender todas as reivindicações.
Mais de 100 países já declararam o reconhecimento de um Estado palestino, mas este fato teve um impacto mínimo no conflito.
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