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O governo de Israel declarou nesta terça-feira (31) que os ataques aéreos contra o grupo Hamas, em Gaza, são apenas a primeira de muitas fases da ofensiva militar. Em quatro dias, o número de palestinos mortos chega a pelo menos 375 e quatro cidadãos de Israel morreram. A reportagem é do correspondente Alberto Gaspar.

No Mar Mediterrâneo, nesta terça, um navio israelense colidiu com uma lancha que trazia ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Testemunhas disseram que a colisão foi proposital e em águas internacionais.

Autoridades israelenses dizem que fizeram um alerta por rádio para que a embarcação voltasse e negaram que tenham usado força excessiva. Os israelenses permitiram a entrada de ajuda sobre rodas.

Enquanto isso, os intensos bombardeios contra Gaza continuam. Três prédios do governo palestino, controlados pelo Hamas, vieram abaixo. Os feridos lotam os hospitais e o número de palestinos mortos subiu para 375.

O governo de Israel diz que é uma guerra total e, segundo o primeiro-ministro, Ehud Olmert, ainda em seu primeiro estágio. O Exército fala em várias semanas de combate. Além dos bombardeios com aviões e navios, Israel prepara uma ofensiva por terra.

Sobre isso, conversamos com Auda, uma brasileira, que é professora em Gaza. "Eu acho que na terra pelo menos vai ter uma guerra mais justa. Então, qualquer palestino prefere que a guerra aconteça na terra".

O Hamas convocou mil homens para defender o território. Por enquanto, segue disparando foguetes contra Israel. Na cidade de Ashdod, quase 40 quilômetros ao norte de Gaza, um deles causou a morte de uma mulher, atingida num ponto de ônibus por estilhaços.

Aron, brasileiro e isralense, diz que, mesmo vivendo com a família numa cidade ainda mais próxima de Gaza, não vai se intimidar. "Nós vamos ficar, porque é o que nós temos, é a nossa terra, independente de fator político ou até religioso".

A cidade de Isderot é uma das mais atingidas pelos foguetes disparados pelos palestinos. E uma colina é um importante ponto de observação. Emissoras de TV do mundo inteiro mantêm câmeras ligadas no local, algumas 24 horas por dia, para registrar os ataques dos dois lados.

Há poucos minutos, um foguete Qassan caiu numa área aberta de difícil acesso, mas um morador da redondeza recolheu e nos trouxe alguns pedaços do foguete.

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