O Exército de Israel fechou à meia noite de domingo a Faixa de Gaza para seus cidadãos, feito que marca o início da histórica retirada de forças militares e colonos judeus de 21 locais na região palestina e também de quatro assentamentos na Cisjordânia. A partir de agora, qualquer israelense na Faixa de Gaza passa a ser ilegal.
No cruzamento de Kissufim, entre Israel e a Faixa de Gaza, os soldados bloquearam uma via para que nenhum veículo possa seguir rumo ao território palestino.
"Detenha-se, a entrada ou a presença na Faixa de Gaza está proibida por lei", dizia um cartaz em inglês e hebraico na barreira do Exército em Kissufim.
A partir de agora, os colonos têm até quarta-feira para deixar suas propriedades. Caso resistam, as forças militares de Israel estão autorizadas a usar a força, de acordo com o polêmico plano conduzido pelo primeiro-minsitro Ariel Sharon.
Um comboio militar de Israel entrou na noite deste domingo (madrugada de segunda-feira, no horário local) na Faixa de Gaza como parte do início da operação que deve durar semanas.
Cinqüenta veículos, incluindo jipes, ambulâncias e ônibus levando policiais e soldados, compõem o comboio que levará a cabo a polêmica desocupação. Soldados entrarão nos assentamentos nas próximas horas e informarão que os colonos tem 48 horas para deixar suas propriedades ou serão retirados à força na partir de quarta-feira.
No assentamento de Neve Dekalim, o maior dos 21 que serão esvaziados, centenas de colonos, aos gritos de palavras de ordem, bloquearam a passagem de um veículo militar. Em outras áreas, radicais palestinos atiraram contra residentes que se recusam a deixar assentamentos. Não há registro de feridos.
Forças de segurança israelenses e palestinas estão trabalhando conjuntamente para conter a violência dos ortodoxos judeus e dios extremistas islâmicos.
O risco de confronto aumentou consideravelmente depois que judeus radicais se infiltraram nas colônias na Faixa de Gaza para tentar impedir o esvaziamento dos 21 assentamentos.
Apesar da forte pressão interna, Sharon afirmou na semana passada não ter-se arrependido da medida que, segundo ele, visa a manter os israelenses distantes dos problemas palestinos. Na Faixa de Gaza, cerca de 8.500 colonos vivem cercados por 1,3 milhão de palestinos.
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