Um grupo de cerca de vinte pessoas se reuniu no fim da manhã deste domingo (13) em frente ao Memorial Árabe de Curitiba, no Centro, para pedir o fim do conflito travado desde o mês passado entre Israel e Palestina. O enfrentamento já deixou pelo menos 165 pessoas mortas, segundo informou hoje o Ministério da Saúde de Gaza.
O encontro desta manhã tinha representantes das comunidades israelenses e palestinas na capital, além de participantes sem nenhuma identificação com grupos religiosos, mas que são contra o genocídio que vem ocorrendo no Oriente Médio.
"Não existe vencedor, nem vencido. Todos são vítimas", declarou o rabino Marcelo Barzilai, um dos organizadores do evento. O encontro foi impulsionado por meio do Facebook, depois que um grupo começou a discutir as questões geopolíticas envolvidas no enfrentamento.
Os atuais casos de violência na região começaram depois que palestinos sequestraram e mataram três adolescentes israelenses na Cisjordânia no dia 12 de junho. Os corpos das vítimas foram encontrados 18 dias depois do sequestro, com marcas de tiros.
Por acreditar que a autoria dos crimes seja do grupo islâmico Hamas, o governo israelense iniciou uma operação militar para tentar desmantelar o grupo. Milhares de moradores de Gaza fugiram em busca de refúgio em abrigos da ONU após ficarem sem suas casas por causa da ofensiva.
Militantes palestinos também revidaram. Na semana passada, eles lançaram novos foguetes contra Israel, demostrando um poder de fogo inédito no conflito.
Durante os confrontos, um palestino de 16 anos também foi sequestrado e executado em um suposto ato de vingança de Israel.
"A morte destes três meninos [israelenses] não justifica [o conflito]. Não faz sentido. A única coisa que justifica tudo isso é a limpeza étnica pela vontade de tirar os palestinos da região", disse Gamal Oumairi, diretor religioso da sociedade beneficente muçulmana do Paraná e que esteve presente no ato. "E foi por isso que estivemos reunidos aqui, pela paz, pelas 150 vítimas", declarou.