O governo japonês confirmou nesta quarta-feira (25) que não retirará o contingente das Forças de Autodefesa que participa da missão de paz da ONU no Sudão do Sul, apesar do aumento da violência no país africano.
"Seguiremos contribuindo à construção nacional do Sudão do Sul junto com a comunidade internacional", declarou nesta terça o ministro porta-voz, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.
O Japão enviou seu contingente, na atualidade de 400 soldados, ao Sudão do Sul em novembro de 2011, quatro meses depois que o país, de maioria cristã e animista, conquistou sua independência do Sudão, de maioria muçulmana, graças a um acordo de paz assinado em 2005 que pôs fim a décadas de guerra civil.
As Forças de Autodefesa japonesas operam principalmente na capital, Juba, e seus arredores em trabalhos relacionados com a construção de estradas e infraestruturas.
O país vive uma escalada de violência étnica que deixou centenas de mortos após uma tentativa de golpe realizada no último dia 15 de dezembro por uma facção rebelde.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou de maneira unânime ontem uma resolução para aumentar o número de boinas azuis no Sudão do Sul para manter a paz e proteger melhor os civis.
Suga expressou hoje sua satisfação com a decisão do organismo internacional e disse que o governo do Japão espera que isto ajude a melhorar a situação no país mais jovem do mundo.
O ministro porta-voz também confirmou, em declarações à agência "Kyodo", que por enquanto Tóquio "não está considerando" o envio de mais soldados das Forças de Autodefesa ao Sudão do Sul.