O Japão continua nesta sexta-feira (30) à espera de notícias da Jordânia sobre a situação do jornalista japonês e do piloto jordaniano, mantidos como reféns pelo Estado Islâmico (EI), depois que terminou o prazo estabelecido pelo grupo jihadista para a execução de ambos se suas reivindicações não fossem cumpridas.
O EI ameaçou matar o japonês Kenji Goto e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh se a terrorista iraquiana Sajida al Rishawi, que está presa na Jordânia, não fosse libertada.
A tensão aumentou no Japão nas últimas horas, depois que a troca de prisioneiros foi aparentemente suspensa porque o governo jordaniano pediu ao EI uma prova de vida do piloto para libertar a extremista iraquiana.
O governo japonês mantém, no entanto, "plena confiança" no gerenciamento da situação por parte da Jordânia, disse hoje o ministro porta-voz do governo, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva. O porta-voz não quis fazer mais comentários sobre em que ponto estão as negociações, nem sobre o estado dos reféns.
Além disso, demonstrou compreensão em relação ao apelo feito ontem pela mulher de Kenji Goto, que pediu que os governos de Japão e Jordânia se esforçassem mais para salvar a vida dos reféns.
"Entendo que, como esposa de (Kenji) Goto, tinha que fazê-lo", disse o porta-voz em alusão ao emotivo comunicado da mulher, que fez sua primeira aparição pública desde que seu marido foi sequestrado pelos jihadistas no final de outubro.
"Creio que esta é a última oportunidade para se conseguir sua libertação e a de Moaz Kasasbeh", afirmou a esposa do refém japonês em um comunicado difundido pela emissora britânica "BBC". "Peço ao governo jordaniano e ao japonês que entendam que os destinos desses dois homens estão em suas mãos", disse Rinko Goto em sua mensagem.
O pai do piloto jordaniano também fez um apelo ontem, pedindo que a organização radical libertasse seu filho, já que, assim como eles, ele segue a "fé islâmica". "Peço, com o todo-poderoso Alá e seu profeta, que libertem meu filho e lhes garanto que tal decisão será recebida com apreço por parte dos dez milhões de integrantes das tribos da Jordânia e da Palestina", disse Safi Kasasbeh.
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