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A justiça argentina deteve nesta terça-feira (5) o empresário Lázaro Baéz, acusado de lavagem de dinheiro e que multiplicou sua fortuna durante os governos dos presidentes Néstor e Cristina Kirchner. Báez, 59 anos, é acusado de enviar dinheiro não declarado a contas na Suíça durante os 12 anos de governo dos Kirchner, com os quais mantinha uma relação próxima.

O empresário criou um império de negócios em Santa Cruz (Patagônia), província que serviu de base para os Kirchner na política nacional. Báez venceu várias concorrências nas áreas de petróleo e obras públicas.

Jornais argentinos afirmam que Baéz lavou dinheiro para a família Kirchner, mas o juiz Sebastián Casanello ignorou tal denúncia por falta de provas.

Um vídeo exibido pela TV argentina mostra Martín, filho de Báez, contando dinheiro junto com outras pessoas sobre uma mesa de uma financeira no bairro de Puerto Madero. “Os vídeos são uma prova e por este motivo convocamos Lázaro Báez. Até o momento não havia provas contundentes como estes vídeos”, assinalou Casanello.

A detenção de Baéz faz parte de uma ofensiva judicial contra ex-funcionários e empresários ligados ao governo de Cristina Kirchner. Na véspera, o juiz Claudio Bonadio citou o deputado Julio De Vido a prestar depoimento no dia 21 de abril, sobre o caso do acidente ferroviário que deixou 51 mortos em 2012.

Bonadio é o mesmo juiz que espera ouvir Cristina Kirchner no dia 13 de abril, sobre a ação de dano ao erário do Banco Central devido a operações de câmbio no mercado futuro.

No sábado, o ex-secretário de Transportes Ricardo Jaime foi preso por suposta malversação na compra de material ferroviário na Espanha e em Portugal, envolvendo vagões em mau estado.

O kirchnerismo afirma que o juiz Bonadio age sob a orientação do presidente Mauricio Macri, líder da aliança de centro direita que derrotou o kirchnerismo.

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