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Um jornalista do "Washington Post", detido no Irã há mais de quatro meses, foi acusado formalmente no sábado (7), depois de um processo de um dia em um tribunal de Teerã, informou o jornal americano. Jason Rezaian, chefe da redação do periódico na capital iraniana desde 2012, compareceu ante o juiz quase cinco meses depois de ser preso, em 22 de julho. O Departamento de Estado americano disse neste domingo que o secretário John Kerry, ficou "desapontado e preocupado" com a decisão.

"Jason não representa uma ameaça ao governo iraniano ou à segurança nacional do Irã", disse Kerry. "Apelamos ao governo iraniano para retirar todas e quaisquer acusações contra Jason".

Kerry também pediu ao governo iraniano que liberte o jornalista para que ele possa se encontrar com sua família. O secretário ainda se disse "chocado" com a forma como o caso foi conduzido e acusou o Irã de burlar a lei que dá a Rezaian o direito à assistência de um advogado. A família do jornalista, que tem cidadania americana e iraniana, contratou um advogado para ele, no entanto o profissional ainda não conseguiu se reunir como prisioneiro.

Rezaian foi preso com sua mulher, Yeganeh Salehi, repórter de jornal "The National", com base nos Emirados Árabes Unidos, como parte de uma investigação relacionada, segundo as autoridades, à segurança da República Islâmica. Yeganeh, de 30 anos, foi libertada sob fiança em outubro e esperava que o mesmo ocorresse com o marido.

No entanto, prisão de Rezaian foi prorrogada até meados de janeiro, enquanto prossegue a investigação. As acusações contra o jornalista não foram precisamente formuladas. Em meados de agosto uma fonte judicial disse que o casal estava envolvido com as atividades que afetam a segurança nacional, enquanto um jornal conservador mencionou que poderia ser acusado de espionagem.

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