Em visita ao Brasil, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, apontou avanços no processo de concessão de vistos a turistas brasileiros, mas não deu um prazo para o fim da exigência do documento.
Em julho do ano passado, o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) e a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, assinaram em Brasília documento que criou um grupo de trabalho para estudar de que forma a isenção de visto para brasileiros entrarem nos EUA seria feito.
"Estamos comprometidos a agilizar o máximo possível o processo do pedido de visto. (...) Esperamos chegar lá [na dispensa do visto]. Estamos confiantes de que podemos, apenas precisamos continuar o trabalho juntos", disse Kerry hoje.
O secretário de Estado dos EUA cumpre agenda de reuniões em Brasília hoje, após passagem pela Colômbia. Kerry ainda terá um encontro com a presidente Dilma Rousseff.
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que somente no ano passado, os EUA registraram cerca de um milhão de pedidos de visto por brasileiros. "Gastamos milhões de dólares para (...) fazer com que isso ocorra mais rapidamente", disse, citando ainda a abertura de novos consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre.
"Global Entry"
O chanceler brasileiro afirmou que uma decisão concreta deve ser tomada em referência ao "Global Entry", programa que facilita a passagem pela alfândega norte-americana de brasileiros que viajam regularmente aos EUA -especialmente empresários.
O público que poderá se beneficiar do programa não fica isento de visto, mas passa pelas autoridades alfandegárias de forma mais acelerada, em guichês eletrônicos, sem a burocracia exigida dos demais visitantes.
Segundo Patriota, os dois países devem chegar a um consenso no próximo mês. "Uma declaração poderá ser acordada muito em breve, no mês de setembro, que prepararia um texto a ser divulgado durante a visita presidencial", disse, em referência a visita de Estado que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington em outubro.
Sobre a dispensa de vistos, o chanceler foi cauteloso: "É uma outra questão, mais complexa, que exigirá mais tempo para ser debatido", disse.