O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, desmentiu nesta quarta-feira (3) que o acordo para um cessar-fogo no leste da Ucrânia, anunciado por Kiev, tenha sido fechado entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko.
"Putin e Poroshenko tentaram realmente os passos para favorecer um cessar-fogo entre as milícias e as forças ucranianas. Mas a Rússia não pode acertar um cessar-fogo porque não é parte no conflito armado", disse Peskov à agência "RIA Novosti".
A presidência da Ucrânia anunciou que se chegou a um acordo de cessar-fogo permanente no leste do país após a conversa desta manhã entre os dois líderes.
"O resultado da conversa foi um acordo sobre um cessar-fogo permanente no Donbass (região que abrange as regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk)", assinala um comunicado publicado no site oficial da presidência ucraniana.
Pouco antes, o porta-voz do Kremlin antecipava que os dois líderes "trocaram opiniões sobre o que é preciso fazer em primeiro lugar para pôr fim o mais rápido possível ao derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia".
O anúncio do acordo sobre o cessar-fogo acontece no meio de uma bem-sucedida contra-ofensiva das milícias pró-russas no leste do país, que em pouco mais de uma semana recuperaram dezenas de localidades controladas pelas forças de Kiev e abriram uma terceira frente no sul da região de Donetsk.
Além disso, o acordo chega às vésperas de a União Europeia aprovar uma nova rodada de sanções contra a Rússia por causa de sua crescente intervenção na crise da Ucrânia.
- UE deve decidir sobre novas sanções contra Rússia na sexta-feira
- Otan aprovará reforço de defesa coletiva em resposta à Rússia
- Fidel acusa EUA e aliados de promover conflitos em outros países
- Presidente russo culpa líderes da Ucrânia pela escalada de tensões
- Ucrânia envia resgate para navio que separatistas dizem ter atacado
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode