Os líderes interinos da Tunísia afirmaram nesta segunda-feira ter a esperança de que um novo governo contribua para estabilizar o país, que nos últimos dias registra enfrentamentos armados entre facções, saques e violentos protestos, após a queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali. O centro da capital, Túnis, parecia calmo durante a noite, apesar de versões não confirmadas de que haviam ocorrido prisões e assassinatos.
O primeiro-ministro do país, Mohamed Ghannouchi, disse que um novo governo de unidade deve ser anunciado nesta segunda, incluindo pela primeira vez membros da oposição. Ghannouchi falou no domingo em rede nacional de televisão, após começarem a ocorrer confrontos armados em frente ao palácio ocupado anteriormente por Ben Ali.
O líder secular de esquerda da Tunísia, Moncef Marzouki, disse nesta segunda que pretende concorrer à presidência do país nas próximas eleições. "Eu serei, de fato, candidato", afirmou à rádio France Info. O Partido Congresso para a República, de Marzouki, foi banido durante o regime de 23 anos de Ben Ali. Agora, deve ter permissão para concorrer nas próximas eleições.
O presidente do Parlamento assumiu o posto de chefe de Estado interino e atribuiu ao Conselho Constitucional a função de organizar as eleições presidenciais e legislativas em 60 dias. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
- Premiê da Tunísia promete anunciar novo governo na segunda-feira
- Tunísia tenta formar governo de coalizão, mas situação é frágil
- Tunísia prende ex-chefe da guarda presidencial
- Protesto na Tunísia mostra instabilidade, diz Netanyahu
- Premiê da Tunísia aceita formar governo de coalizão
- Tunísia convocará novas eleições presidenciais em até 60 dias
- Presidente da Tunísia renuncia após protestos
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião