Depois de 12 dias de protestos, população egípcia permanece nas ruas pela saíde de Hosni Mubarak| Foto: Reuters

Líderes políticos reuniam-se dentro e fora do Egito neste sábado para buscar uma saída ao impasse entre o presidente Hosni Mubarak e manifestantes, que exigem sua renúncia.

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"O status quo simplesmente não é sustentável", disse a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em uma conferência sobre segurança em Munique, no 12o dia de manifestações contra Mubarak, referindo-se não apenas à situação no Egito, mas a todo o Oriente Médio.

Sabotadores explodiram um gasoduto de gás no norte do Egito durante a madrugada, interrompendo o fluxo do produto para Israel e também para a Jordânia, onde manifestantes com dificuldades econômicas exigem um sistema político mais democrático.

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Mubarak, que tem reformulado o seu governo, mas recusou demitir-se, se reuniu com parte dos novos ministros, no sábado, segundo a agência de notícias estatal, em uma clara rejeição às centenas de milhares de pessoas que pedem a saída do líder de 82 anos.

O ministro do Comércio, Samiha Fawzi, disse após a reunião que as exportações do Egito caíram 6 por cento em janeiro, devido à agitação e ao toque de recolher imposto ao país. As autoridades estão fornecendo suprimentos de comida extra para evitar a escassez, disse.

Os governos ocidentais têm manifestado seu apoio aos manifestantes, mas alguns foram cautelosos.

"O presidente Mubarak anunciou que não vai concorrer à reeleição e nem seu filho... Ele deu uma mensagem clara ao seu governo para liderar e apoiar este processo de transição", disse Hillary em Munique.

O vice-presidente egípcio Omar Suleiman iria se reunir com um grupo de figuras proeminentes no sábado para considerar uma proposta em que ele assumiria os poderes do presidente temporariamente.

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Mas alguns manifestantes não querem apenas a saída de Mubarak. Além disso, o primeiro-ministro disse na sexta-feira que é improvável que o presidente entregue os poderes presidenciais para o seu recém-nomeado vice, segundo a TV Al Arabiya.

"Precisamos que o presidente fique por razões legislativas", disse o primeiro-ministro Ahmed Shafiq.

A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a mudança precisava ser "pacífica e ordeira", enquanto o primeiro-ministro britânico, David Cameron, apelou para uma rápida transição de lideranças.