O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (7) medidas tomadas por países em desenvolvimento e voltou a dizer que a crise econômica mundial "só tende a agravar a situação dos mais pobres".
"Os imigrantes veem sua situação piorar a cada dia, com recrudescimento da xenofobia nos países ricos. Não é substituindo o conservadorismo fracassado por um nacionalismo protecionista que vamos sair dessa crise. Somente a atuação conjunta e o esforço coordenado surtirão efeito", defendeu, em discurso na entrega do prêmio Félix Houphouët-Boigny pela Busca da Paz, na Unesco, em Paris.
Lula afirmou ainda que, nos países desenvolvidos, o impacto social da recessão é "absorvido mais facilmente pela existência de uma ampla rede de proteção social" e que, nos países em desenvolvimento, há "uma perversa combinação entre redução das exportações e dificuldades para obter financiamento internacional".
Ativistas da organização ambientalista Greenpeace interromperam a cerimônia para fazer um protesto. Eles seguravam faixas pedindo que o Lula proteja a Amazônia.
Honduras
O presidente também voltou a condenar o golpe de Estado em Honduras, que depôs o presidente Manuel Zelaya.
"A América do Sul vive uma vigorosa onda de democracia encabeçada por segmentos historicamente deserdados e marginalizados que hoje encontram sua voz em uma sociedade mais solidária. Por isso, não podemos permitir retrocessos. Por isso, condenamos de forma veemente o golpe em Honduras", afirmou.