O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quinta-feira uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, dando apoio aos apelos de Anann por um cessar-fogo imediato no Líbano. Segundo Lula, essa é a condição necessária para que se possa buscar um acordo que forneça as bases para uma paz "negociada, justa e duradoura" entre Líbano e Israel.

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"É fundamental que o Conselho de Segurança aja com celeridade com vistas a pôr fim ao conflito", disse o presidente brasileiro na carta enviada a Kofi Annan.

O presidente disse que o Brasil se sente diretamente atingido pela violência contra civis na região, que vitimou sete cidadãos brasileiros, inclusive crianças. Lula também lamentou os ataques que levaram à morte de quatro observadores da Força Provisória das Nações Unidas para o Líbano (Unifil).

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"Repudiamos o terrorismo, não importa sob que justificativa, mas não podemos deixar de condenar, nos termos mais veementes, a reação desproporcional e o uso excessivo da força que tem resultado na morte de grande número de civis, inclusive mulheres e crianças, e na destruição da infra-estrutura do Líbano", afirmou Lula.

Lula enfatizou que o povo brasileiro vem acompanhando com extrema preocupação os acontecimentos no Líbano. Ele lembrou que o Brasil congrega o maior número de libaneses e seus descendentes fora daquele país.

"No Líbano, reside expressiva comunidade de nacionais brasileiros. Igualmente, há importante comunidade judaica no Brasil, bem como numerosos brasileiros em Israel. É para nós motivo de orgulho e satisfação a convivência harmoniosa entre judeus e árabes em nosso país", destacou Lula.

Na carta ao secretário-geral da ONU, Lula enfatizou que o Brasil estende seu apoio a iniciativas diplomáticas que contribuam para a cessação imediata das hostilidades. Lembrou que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está mantendo contatos com diversos interlocutores sobre o tema. E informou que está enviando para alguns países da região o embaixador extraordinário do Brasil para o Oriente Médio, Affonso Celso de Ouro Preto.

Lula enviou cartas de teor semelhante aos Chefes de Estado ou de governo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Também as encaminhou aos dois membros não-permanentes que representam, no momento, a região da América Latina e Caribe (Argentina e Peru).

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