O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda conta com a aprovação da maior parte da população, mas governa atualmente um país mais pessimista do que antes, revela uma nova pesquisa Associated Press/GfK.
A sondagem vem à tona em um momento no qual Obama tenta recuperar a economia, analisa o envio de mais soldados ao Afeganistão e pressiona pela aprovação da reforma do sistema de saúde no Congresso ao mesmo tempo em que vislumbra outras medidas ambiciosas, como uma lei referente às mudanças climáticas.
De acordo com a pesquisa, os americanos estão um pouco mais pessimistas com relação a uma série de temas em comparação com o mês anterior, mantendo uma tendência de queda verificada a partir da posse de Obama, em 20 de janeiro.
Os entrevistados declararam-se mais pessimistas com os rumos do país do que em outubro. A reprovação à forma como Obama conduz a economia dos EUA também aumentou um pouco de outubro para novembro. Além disso, mais pessoas disseram ter perdido a confiança em Obama com relação às guerras no Iraque e no Afeganistão. Também foi constatado um certo mal-estar com o estado da nação.
Há apenas um ano, quando Obama venceu as eleições para presidente de forma arrasadora, os EUA viviam uma maré de otimismo com o novo presidente e as perspectivas de mudanças. Mas mudanças não acontecem da noite para o dia. E, à medida que a retórica de campanha cada vez mais batia de frente com a realidade do dia-a-dia do governo, a esperança começou a diminuir em um país costumeiramente apegado a ela.
A aprovação ao governo de Obama está em 54%, praticamente a mesma de outubro, mas bem abaixo dos 74% registrados em janeiro, mês de sua posse. Ao mesmo tempo, 56% dos entrevistados disseram acreditar que o país caminha na direção errada, cinco pontos porcentuais acima da cifra de outubro e sete a mais em relação a janeiro.
A economia é, de longe, o assunto mais importante para os americanos. O desemprego alcançou 10,2% no mês passado, apesar das medidas e incentivos do governo e de os economistas terem afirmado que a recessão estava acabada.
Os números do desemprego talvez ajudem a explicar por que tantas pessoas acreditem que a economia tenha piorado no último mês e apenas 22% achem que a situação melhorou. A maioria dos entrevistados disse considerar que a situação é a mesma.
A forma como Obama conduz a economia do país recebeu a aprovação de 46% dos entrevistados, abaixo dos 50% registrados em outubro.
Os americanos também mostram-se mais desanimados quando o assunto é guerra. A reprovação à forma como Obama conduz a guerra no Iraque aumentou de 37% em outubro para 45% em novembro O descontentamento com a atuação no Afeganistão passou de 41% para 48% no mesmo período.
A maior parte dos americanos declarou-se contrária às duas guerras e mais da metade (54%) opõe-se agora ao envio de mais tropas ao Afeganistão, de 50% em no mês passado.
Ao mesmo tempo, praticamente a metade dos americanos aprova os esforços de Obama para reformar o sistema de saúde, mantendo a cifra de outubro. Apenas um terço dos entrevistados aprova a forma como o Congresso está lidando com o tema. A reforma do sistema de saúde já recebeu a aprovação da Câmara dos Representantes dos EUA, mas ainda há incerteza de que passe no Senado.
A sondagem AP/GfK foi realizada entre 5 e 9 de novembro. Foram ouvidos 1.006 americanos adultos de todo o país. A margem de erro é de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Visita a Arlington
O presidente americano gastou parte da quarta-feira numa visita ao Cemitério Nacional de Arlington (Estado da Virgínia), onde estão sepultados os corpos de soldados americanos mortos em várias guerras. Obama foi a Arlington prestar um tributo aos soldados caídos nas guerras, aos veteranos de guerra e aos soldados que atualmente lutam no Iraque e no Afeganistão, marcando o Dia dos Veteranos de Guerra.
"Os Estados Unidos não decepcionarão vocês" disse Obama em discurso dirigido aos veteranos, ao se comprometer a fazer o certo para todos os veteranos de guerra e suas famílias. Nas próximas horas, Obama analisará a situação no Afeganistão e no Paquistão com sua equipe de segurança nacional, incluído o general Stanley McChystal, comandante dos EUA no Afeganistão.
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