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A maioria dos japoneses quer um novo primeiro-ministro para liderar a reconstrução após o terremoto seguido de tsunami do mês passado, mostra pesquisa publicadas por um jornal nesta segunda-feira.

O chefe de governo foi criticado no parlamento novamente pela maneira como tem tratado da crise nuclear decorrente da tragédia.

O Japão luta para controlar a situação na usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelos desastres naturais de 11 de março, um processo que pode levar o ano todo.

A Tokyo Electric Power Co. (TEPCO), operadora da usina, declarou no domingo que espera realizar um desligamento a frio para estabelecer os reatores dentro de seis a nove meses.

Este prazo só seria cumprido se "tudo correr tranquilamente", disse o secretário de gabinete Yukio Edano. A recuperação completa pode levar mais tempo, e a reconstrução da devastada costa nordeste sequer começou.

O saldo dos danos materiais oriundos do terremoto seguido de tsunami foi estimado em 300 bilhões de dólares, o que o torna o desastre natural mais caro da história. Mais de 13 mil pessoas tiveram suas mortes confirmadas e dezenas de milhares estão desabrigadas.

Quase 70% das pessoas indagadas pelo jornal de negócios Nikkei disseram que o primeiro-ministro Naoto Kan deveria ser substituído, e um número semelhante declarou que a reação do governo à crise nuclear não é aceitável.

Kan foi criticado mais uma vez no parlamento nesta segunda-feira pela forma como tratou do desastre nuclear. Um legislador da oposição insinuou que ele estava despreparado desde o começo, observando que Kan admitiu não se lembrar dos detalhes de um treinamento do ano passado que simulava um incidente como o de Fukushima.

"O primeiro-ministro Kan está trabalhando duro e deve estar passando por dificuldades. Mas muitas pessoas questionam sua liderança", disse Masashi Waki, parlamentar do oposicionista Partido Liberal Democrático ao comitê orçamentário da Câmara Alta.

Kan disse que ele e seu governo estão dando o melhor de si.

"O Japão vivenciou muitas crises no passado, mas acredito que está é a maior crise nos 65 anos desde o final da Segunda Guerra Mundial", declarou o premiê a um conselho parlamentar na segunda-feira.

"Daqui em diante... devemos persistir em nossa estratégia em duas frentes, e quero fazer todos os esforços nos dois temas", disse ele, referindo-se à reconstrução do país e à resolução da crise nuclear.

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