A polícia do Nepal prendeu nesta terça-feia mais de 100 tibetanos exilados que se reuniram na região de Katmandu para protestar contra a dominação chinesa no Tibete e orar em memória de monges budistas que se autoimolaram. As forças policiais acusaram os participantes do protesto de "proferir slogans contra a China e obstruir o tráfego" de veículos no local.
Segundo um repórter da agência de notícias AP, agentes entraram no Centro de Refugiados Tibetanos e arrancaram um cartaz do líder espiritual Dalai Lama. A ação levou às ruas os participantes do encontro, que gritaram palavras de ordem como "Libertem o Tibete" e "China deixe a nossa casa".
"A polícia não permitiu que se realizasse a cerimônia de oração no centro tibetano, e os participantes se dirigiram a escritórios da ONU no Nepal, a cerca de 500 metros de distância, para pedir Justiça", afirmou o porta-voz das manifestações, Yeshi Dolma.
Os detidos foram levados em caminhões para a prisões.
Outras manifestações de tibetanos contra o domínio chinês já aconteceram no Nepal, e o governo sempre manteve a postura de não processar os manifestantes e liberá-los poucos dias após a detenção. Autoridades do Nepal reforçaram que vão continuar a permitir a entrada de exilados do Tibete no país, mas não podem permitir manifestações contra o governo chinês, pois o Nepal e a China são nações amigas.
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