Mais de 40 países, principalmente ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, denunciaram nesta quarta-feira a anexação da Crimeia pela Rússia e expressaram preocupação com o destino da minoria tártara, bem como com ativistas e jornalistas desaparecidos.
Em uma declaração conjunta ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), eles conclamaram a Rússia a permitir que observadores internacionais sejam enviados a toda a Ucrânia, "incluindo a Crimeia".
A Rússia concordou com os outros 56 membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) quanto ao envio de uma missão de monitoramento de seis meses à Ucrânia, mas disse que ela não se aplica à Crimeia.
A vice-secretária assistente de Estado norte-americana, Paula Schriefer, leu um comunicado de duas páginas no fórum de Genebra, endossado por 42 países, dizendo: "Exortamos a Rússia e todos os interessados a garantirem o acesso e a proteção total e sem obstáculos para as equipes a toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia..."
"Estamos profundamente preocupados com relatos críveis sobre sequestros de jornalistas e ativistas, bloqueio dos meios de comunicação independentes e restrições a observadores internacionais independentes", disse ela.
"Além disso, a situação das minorias na Crimeia, em particular os tártaros da Crimeia, é extremamente vulnerável desde a incursão militar da Rússia", acrescentou, lendo a declaração assinada também pelas principais potências europeias, Austrália, Canadá, Japão e as ex-repúblicas soviéticas da Geórgia, Letônia, Lituânia e Moldávia.
O embaixador da Rússia na ONU em Genebra, Alexey Borodavkin, rejeitou o documento, dizendo que contém declarações que estão "longe da verdade" e ignora questões de direitos humanos enfrentadas pelo povo ucraniano.
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