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Desastre ambiental

Mancha de óleo atinge arquipélago em zona protegida na costa da Louisiana

Apoio de cerca de 270 barcos, técnicos, voluntários e militares tentam desesperadamente nos últimos dias conter a mancha no oceano. Imagem mostra barco na região leste da foz do rio Mississippi, perto da costa da Louisiana | Daniel Beltra / Reuters
Apoio de cerca de 270 barcos, técnicos, voluntários e militares tentam desesperadamente nos últimos dias conter a mancha no oceano. Imagem mostra barco na região leste da foz do rio Mississippi, perto da costa da Louisiana (Foto: Daniel Beltra / Reuters)
Ilhas foram cercadas por barreiras para reduzir o impacto ambiental provocado pelo óleo |

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Ilhas foram cercadas por barreiras para reduzir o impacto ambiental provocado pelo óleo

A grande mancha de petróleo que atinge o Golfo do México desde a semana passada chegou aos recifes do arquipélago de Chandeleur, uma zona protegida dentro do Parque Natural de Breton. As primeiras imagens divulgadas pelas autoridades mostram a mancha de óleo cobrindo quase que totalmente a ilha mais ao norte da região, localizada perto da costa do Mississippi.

A mancha brilhante e viscosa apareceu numa praia da desabitada ilha de Freemason, segundo uma porta-voz da equipe de reação com sede em Robert, Louisiana, que reúne a empresa BP, a Guarda Costeira e outros órgãos.

"Temos equipes que confirmaram óleo na praia. É em grande parte apenas um brilho. Não há evidência de óleo médio ou pesado", disse à Reuters a suboficial da Guarda Costeira Connie Terrell.

Com apoio de cerca de 270 barcos, técnicos, voluntários e militares tentam desesperadamente nos últimos dias conter a mancha no oceano, com o uso de varas flutuantes e de dispersantes. A chegada do material à costa pode provocar graves danos ambientais, e prejuízos aos setores da pesca e turismo.

Cerca de 800 mil litros de petróleo jorram por dia de um poço abaixo do local onde uma plataforma marítima explodiu e naufragou em abril, a 64 quilômetros da costa. A BP, empresa dona do poço, levou para o local uma enorme caixa branca na qual espera recolher o petróleo e colocá-lo em navios apropriados. Segundo a empresa, ela pode começar a funcionar na segunda-feira. A empresa alertou, no entanto, que o mecanismo nunca foi usado a tamanha profundidade, de cerca de 1.600 metros.

A previsão para os próximos dias é de tempo bom na região, o que facilita o combate à mancha. Na quarta-feira, pela primeira vez foi possível fazer a "queima controlada" de combustível na superfície. Estima-se que a mancha tenha cerca de 210 x 110 quilômetros, equivalente à área de Sergipe.

"Estamos todos a postos para um desastre potencialmente sem precedentes"< disse a jornalistas a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, durante visita à localidade de Biloxi, no Mississippi. "É uma situação em evolução (...), estamos nos preparando de antemão para todos os fatos em potencial.", concluiu.

Pesca proibida

A agência federal que regula as águas costeiras e a vida marinha dos Estados Unidos prorrogou as restrições de pesca no Golfo do México devido ao vazamento de petróleo.

Autoridades estenderam os limites das águas que estão fechadas para pesca a leste da costa da Louisiana "para melhor definir a localização atual do vazamento de petróleo da BP", de acordo com um comunicado divulgado pelo comando unificado, em Robert (Louisiana), sede das equipes federal, estadual e de outras instituições que estão trabalhando para combater o vazamento do poço da plataforma Deepwater Horizon.

As restrições que haviam sido impostas anteriormente pela Administração Nacional Atmosférica e Oceânica, no domingo, estavam programadas para terminar no dia 12 de maio. A nova orientação vai ser mantida até 17 de maio, afirma a agência.

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