Centenas de manifestantes opostos à Junta Militar egípcia retomaram o controle da praça Tahrir no Cairo, após o recuo das forças de segurança e começaram a fechar os acessos ao local, constatou a Agência Efe.
Fontes dos serviços de segurança informaram a Efe que o número de feridos aumentou para 250, dos quais 20 são policiais. Ao menos 20 foram detidos.
Brigadas de voluntários impedem o acesso de automóveis à praça, desde que a Polícia deixou as imediações do Ministério do Interior.
Alguns manifestantes começaram a quebrar os paralelepípedos das calçadas e a armazená-los diante da expectativa de novos confrontos com as tropas de choque.
Como comprovou a Efe, os primeiros a retomar a praça foram manifestantes muito jovens, alguns inclusive menores de idade. Só depois revolucionários mais velhos chegaram ao local.
Um estudante de 20 anos explicou a Efe que assim que soube dos confrontos pelo Facebook decidiu se somar aos manifestantes imediatamente.
Vestido com máscara contra os efeitos de gás lacrimogêneo, relatou que viu agentes das tropas de choque batendo em jovens com cassetetes.
Milhares de egípcios protestaram nesta sexta na praça Tahrir para pedir a transferência do poder para uma autoridade civil e protestar contra as prerrogativas que se quer conceder à junta militar quando da elaboração de uma nova Constituição.
Está previsto para o dia 28 de janeiro o início da eleição legislativa, que se espera seja o primeiro pleito democrático da história do Egito, para escolher um Parlamento que formará uma nova Carta Magna.
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