O republicano John McCain e o democrata Barack Obama se enfrentam nesta quarta-feira (15) às 22h (horário de Brasília) em seu último debate na disputa pela Casa Branca. McCain sabe que precisa de um bom desempenho para virar o resultado a seu favor nas três semanas que faltam para o pleito.
O encontro na Universidade Hofstra, em Hempstead, Nova York, será o terceiro entre os dois candidatos, que têm assim sua última chance de falar com uma audiência superior a 60 milhões de espectadores.
"Você pode fazer muito bem a si mesmo quando tem um debate com tanta gente assistindo", disse Katon Dawson, presidente do Partido Republicano da Carolina do Sul.
As pesquisas mostram que Obama está crescendo em nível nacional e também nos Estados mais estratégicos, após semanas de profunda turbulência na economia - tema em que o democrata é mais bem avaliado do que McCain.
Pesquisa Reuters/C-SPAN/Zogby dá 4 pontos de vantagem para Obama em nível nacional, mas vários outros levantamentos trazem margens mais expressivas. O da CBS News/New York Times mostrou Obama 14 pontos à frente, a quinta pesquisa da semana a indicar uma liderança na casa dos dois dígitos.
Depois de ser muito criticado por sua reação inicial à crise, McCain apresentou nesta terça-feira uma proposta de ajuda a investidores, especialmente os mais idosos, que viram suas contas de previdência privada serem dizimadas pela atual crise.
A campanha de Obama se empenha em pressionar o rival. "É a última chance que ele tem de convencer de alguma maneira o povo norte-americano de que sua reação errática à crise econômica não o desqualifica para ser presidente", disse Bill Burton, porta-voz do candidato democrata, em memorando a jornalistas.
McCain já sinalizou que deve abordar os contatos de Obama com o ex-militante esquerdista da década de 1960 William Ayers. Décadas depois de suas atividades ilegais, Ayers, hoje professor universitário, realizou um evento político de apoio a Obama, e ambos participaram juntos do conselho de direção de uma ONG.
Obama havia mencionado a relutância de McCain em discutir a questão diretamente com ele no último debate.
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