A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fez nesta quinta-feira uma comparação entre a Ucrânia e a Bielo-Rússia, ao dizer que os povos nos dois países ainda vivem sob a ditadura e a repressão. As duras palavras de Merkel, proferidas contra o presidente ucraniano Viktor Yanukovich no Parlamento alemão, foram faladas no contexto do aumento das pressões alemãs para garantir que a ex-premiê ucraniana Yulia Timoshenko receba um tratamento médico adequado. Yulia foi condenada a sete anos de prisão e denunciou maus tratos. A chancelaria ucraniana não quis comentar as declarações de Merkel.

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Vários governos ocidentais denunciaram que Tymoshenko sofre perseguições políticas. Ela foi condenada por abuso de poder e corrupção. Em 2009, quando era primeira-ministra, Tymoshenko assinou acordos para a compra do gás natural russo, que em 2011 foram considerados lesivos aos interesses ucranianos.

A comparação da Ucrânia com a Bielo-Rússia foi considerada forte. Desde 1994 a Bielo-Rússia é governada pelo mesmo presidente Alexander Lukashenko, considerado autoritário e despótico.

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Na quarta-feira Tymoshneko, de 51 anos, encerrou uma greve de fome após ser transferida da prisão para um hospital na cidade de Kharkov. Ela é tratada por um médico alemão e sofre de sérios problemas na coluna.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle reiterou a proposta de Berlim para que Tymoshenko seja tratada em um hospital na Alemanha. "Nós queremos que Yulia Tymoshenko receba um tratamento adequado e apropriado a longo prazo", afirmou. Westerwelle insistiu que a Ucrânia precisa "se comprometer de verdade com a democracia e o império da lei".

As informações são da Associated Press.