Uma rádio e uma emissora de televisão favoráveis ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, continuam fora do ar nesta terça-feira, apesar da revogação de um decreto do governo de facto que restringia a liberdade de imprensa, e é possível que continuem assim por um longo período.
A rádio Globo e o canal de TV Cholusat Sur foram fechados na semana passada por soldados encapuzados, que apreenderam transmissores e computadores, em um dos ataques mais diretos a meios de comunicação contrários ao golpe de 28 de junho.
O governo de facto recuou nesta terça-feira do polêmico decreto que restringia a liberdade de expressão, associação e circulação, que havia sido usado para dissolver manifestações em prol de Zelaya, mas disse que a revogação só será oficializada ao ser publicada no diário oficial - o que até agora não se sabe quando ocorrerá.
"Queremos ir para o ar com ou sem a publicação do decreto", disse à Reuters por telefone o diretor da rádio Globo, David Romero. "Se o decreto não for publicado rapidamente, me parece que é uma armadilha", acrescentou ele, ecoando o ceticismo manifestado pelo próprio presidente deposto a respeito da demora na revogação.
Tanto a rádio Globo quanto a Cholusat davam voz a Zelaya - abrigado há duas semanas na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. O presidente deposto incluiu a reabertura desses veículos como uma das condições para participar de um diálogo promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA), cuja delegação chega na quarta-feira a Honduras.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião