O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu ter cometido erros ao conduzir a polêmica sobre os impostos supostamente sonegados por seu candidato ao Departamento de Saúde, Tom Daschle, que desistiu do cargo na terça-feira (3).
Obama concedeu uma série de entrevistas a emissoras de TV fazendo um "mea culpa" pelo incidente.
À rede NBC, o presidente disse que "é importante deixar claro a mensagem de que não há dois tipos de regras, um para as pessoas comuns e outro para as personalidades".
"Sinto-me frustrado comigo mesmo e com minha equipe", disse à mesma rede de TV, após admitir sua parte de responsabilidade no escândalo.
No entanto, o presidente frisou que acredita que Daschle cometeu um "engano honesto". Ele apoiou o indicado desde que surgiram as denúncias.
O presidente afirmou que o importante é "fazer as coisas voltarem a andar" e reformar o setor de saúde.
Em outra entrevista, desta vez à Fox News, Obama reconheceu: "Meti os pés pelas mãos. Cometi um erro e provavelmente não será o último que vá cometer durante meu mandato."
Daschle, que foi cotado para liderar uma grande reforma no custoso sistema de sáude pública norte-americano, declarou que estava se retirando porque não queria ser uma transtorno.
Antes de renunciar, ele havia pedido desculpas diante de uma comissão do Senado e se disse "profundamente envergonhado" por ter atrasado o pagamento.
Além de Daschle, a equipe de Obama sofreu outras duas 'baixas'.
Também nesta terça-feira, Nancy Killefer, que seria responsável por conduzir o esforço em combater os gastos desnecessários, desistiu de integrar o novo governo também por causa de problemas com impostos.
Em 4 de janeiro, antes mesmo da posse, Bill Richardson, escolhido para secretário de Comércio, desistiu do cargo, devido a uma investigação judicial feita numa empresa que mantém negociações com o Estado do Novo México, do qual é governador. Obama lamentou, mas aceitou a decisão, e acabou indicando o republicano Judd Gregg para o cargo.
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