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Um influente ativista ucraniano de extrema direita, participante do movimento ultranacionalista que contribuiu com a queda do presidente Viktor Yanukovich, foi morto a tiros pela polícia durante a noite, disseram autoridades na terça-feira (25).

Segundo o Ministério do Interior, Oleksander Muzychko, também conhecido como Sanshko Bily, foi morto por agentes da unidade especial Sokol quando tentava fugir de um bar na região de Rivne, no oeste da Ucrânia.

"No momento da prisão, diante dos gritos de ‘Pare! Polícia!', Muzychko fugiu, pulando por uma janela, e abriu fogo", disse o vice-ministro do Interior, Volodymyr Yevdokimov, a jornalistas em Kiev. Segundo ele, os policiais reagiram atirando e mataram o militante.

Muzychko pertencia ao grupo radical Setor Direito, do qual era coordenador no oeste do país --reduto nacionalista na fronteira com a União Europeia. A polícia disse que ele era procurado por "vandalismo" e por agredir um promotor.

A Rússia --que citou grupos como o Setor Direito como justificativa para anexar a Crimeia, protegendo a população russa da península contra "fascistas" ucranianos-- disse neste mês que Muzychko estava sendo investigado pela suspeita de ter lutado ao lado de rebeldes muçulmanos na região russa da Chechênia, na década de 1990.

Contradizendo o relato das autoridades, o parlamentar independente Oleksander Doniy disse no Facebook que Muzychko foi morto a sangue-frio. O ativista já havia dito que temia ser morto pela polícia.

"Dois veículos fecharam o carro dele. Ele foi arrastado para fora e colocado em um deles. Foi então jogado no chão, com as mãos algemadas às costas, e dois disparos foram ouvidos", escreveu Doniy, sem explicar como obteve essa informação.

O líder do Setor Direito, Dmytro Yarosh, diz que pretende se candidatar a presidente na eleição de 25 de maio, mas não está entre os favoritos.

A Ucrânia mergulhou numa grave crise em novembro, quando Yanukovich desistiu de assinar um acordo de associação com a União Europeia, o que motivou enormes protestos populares. O Setor Direito levou as manifestações a um novo nível em janeiro, quando passou a atacar veículos policiais e a se envolver em confrontos com as autoridades.

Em fevereiro, após dois dias de batalhas campais entre manifestantes e policiais, com um saldo de 95 mortos, Yanukovich foi destituído pelo Parlamento e fugiu para a Rússia.

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