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tensão no oriente

Minas terrestres geram crise entre Coreias

Sul-coreanos patrulham zona de fronteira com a Coreia do Norte | Ministério da Defesa da Coreia do Sul / Reuters
Sul-coreanos patrulham zona de fronteira com a Coreia do Norte (Foto: Ministério da Defesa da Coreia do Sul / Reuters)

O Exército da Coreia do Sul ameaçou retaliar a Coreia do Norte após acusar o país vizinho de plantar minas terrestres dentro de uma área desmilitarizada na fronteira. Na semana passada, uma explosão deixou dois soldados mutilados. Seul classificou a ação como um “ato de provocação”.

O general Ku Hong-mo, do Estado Maior da Coreia do Sul, disse que o ato violou o acordo que suspendeu a Guerra da Coreia (1950-1953). Em entrevista, ele disse que soldados do Norte cruzaram a fronteira recentemente para plantar as minas e que Pyongyang “pagaria um preço severo”. “Condenamos veementemente este ato covarde, que seria impensável para um Exército normal”, afirmou o general. “Pyongyang enfrentará duras consequências por colocar minas que explodiram na terça-feira passada na zona controlada por Seul da Zona Desmilitarizada”. A colocação de explosivos violaria o armistício que pôs fiam aos combates da Guerra da Coreia, que tecnicamente segue sem vencedor.

Ontem, o Ministério da Defesa sul-coreano disse acreditar que soldados norte-coreanos cruzaram secretamente a fronteira e colocaram as minas. A denúncia pode provocar uma resposta da Coreia do Norte e aumentar ainda mais a tensão na península coreana.

Os soldados faziam uma patrulha de rotina perto de uma cerca de arame no lado sul da fronteira quando as explosões aconteceram. Um dos soldados perdeu as duas pernas; o outro perdeu uma das pernas. Pyongyang não se pronunciou.

Propaganda

A Coreia do Sul reiniciou ontem transmissões de propaganda em toda a fronteira com a Coreia do Norte, pela primeira vez em 11 anos, após a explosão das minas. As transmissões contra os norte-coreanos, com alto-falantes voltados para além da fronteira, deverão piorar ainda mais as relações entre os dois países. O Comando da Organização das Nações Unidas (ONU), liderado pelos Estados Unidos, conduziu uma investigação que culpou a Coreia do Norte pela explosão das minas.

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