O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta quarta-feira (10), em Manaus, que haverá um plano de contingência para suprir as necessidades brasileiras de gás frente aos problemas que estão ocorrendo na Bolívia.
Segundo o ministro, a primeira medida do plano será retirar temporariamente do sistema elétrico brasileiro algumas usinas térmicas da Petrobras que usam gás para produzir energia. Em um segundo momento, outras usinas térmicas que também usam o gás poderão ter que substituir sua matéria-prima por óleo diesel,.
O ministro de Minas e Energia disse ainda que também existe a possibilidade de usar o gás da Petrobras, que hoje é injetado dentro de poços de petróleo para facilitar a extração.
Lobão afirmou que ainda não tem condições de quantificar quanto gás deixará de ser enviado da Bolívia para o Brasil com a explosão ocorrida nesta quarta-feira. Segundo ele, "haverá um grande prejuízo para a Bolívia e alguma dificuldade para o Brasil".
Bolívia
Segundo autoridades bolivianas, os manifestantes contra o governo de Evo Morales destruíram parte do gasoduto usado para exportar o insumo para o Brasil e a oferta de gás estaria comprometida em 10%.
Há pouco mais de dois anos o fornecimento de gás da Bolívia para o Brasil também sofreu uma redução. Em abril de 2006, as fortes chuvas na região no campo de San Antonio destruíram parte do gasoduto e a oferta de gás para o Brasil caiu em 20%. Dessa vez, a redução do fornecimento é menor.
Naquela época, para garantir o fornecimento para a indústria, a Petrobras reduziu o repasse de gás para suas refinarias e para as usinas termelétricas temporariamente. Se a redução da oferta da gás se confirmar, a empresa deve anunciar ainda nesta semana um plano semelhante para que as empresas não tenham sua produção prejudicada.
O Brasil importa diariamente da Bolívia cerca de 30 milhões de metros cúbicos de gás. Os efeitos do abastecimento menor só devem ser sentidos pelas distribuidoras nesta quinta-feira (11).
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