O Irã atacará Tel Aviv com seus mísseis de médio alcance se for atacado, disse um influente clérigo nesta terça-feira.

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"Se eles (os EUA e Israel) atacarem militarmente o Irã... vão temer o dia em que nossos mísseis de 2.000 quilômetros de alcance atingirão Tel Aviv", disse Ahmad Khatami à televisão estatal.

Khatami faz parte da Assembléia dos Sábios, o órgão de 86 clérigos que supervisiona constitucionalmente o homem mais poderoso do país, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo.

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Especialistas em armas dizem que os mísseis Shahab-3 do Irã têm um alcance máximo de cerca de 2.000 quilômetros, o que significa que podem atingir Israel e bases militares americanas no Golfo.

Autoridades dos EUA acusam o Irã de planejar colocar ogivas nucleares em seus mísseis. O Irã diz não ter desejo de possuir armamentos atômicos e estar apenas desenvolvendo tecnologia nuclear para propósitos pacíficos, como geração de eletricidade.

Os comandantes militares do Irã advertiram que não hesitariam em mobilizar os mísseis Shahab-3 se o Irã for atacado por causa de seu polêmico programa nuclear.

Washington diz querer uma solução diplomática para a disputa nuclear iraniana com o Ocidente, mas não descartou opções militares.

Teerã prometeu expandir suas atividades energéticas atômicas apesar da resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que exigia a suspensão dos trabalhos nucleares até o dia 31 de agosto, sob pena de impor sanções.

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Khatami elogiou o Hezbollah por sua resistência contra Israel, dizendo que o presidente americano, George W. Bush, e o premier israelense, Ehud Olmert, devem aprender a lição com a guerra de um mês no Líbano.

"Parabenizo o Hezbollah por sua vitória, que foi a vitória do Islã. Foi uma derrota vergonhosa para a América e para o regime sionista (Israel)", disse Khatami.

Na segunda-feira, Bush reiterou que o Irã deveria interromper seu apoio a grupos armados tanto no Iraque quanto no Líbano.

O Irã, que se recusa a reconhecer o Estado de Israel, diz dar apenas apoio moral a grupos anti-Israel, como o Hamas e o Hezbollah, e nega estimular rebeldes no Iraque.

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