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Brasília - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que a reforma no Partido Comunista de Cuba promovida pelo ditador Raúl Castro trará "mudanças complexas", mas era necessária diante dos problemas econômicos enfrentados pelo país.

Para Garcia, as mudanças no partido vão permitir o surgimento de uma geração pós-Fidel Cas­­tro, que terá importante papel na definição dos rumos de Cuba.

Segundo o assessor, o governo brasileiro está acompanhando a situação em Cuba, mas esperando os desdobramentos. Ainda não foi realizado nenhum contato oficial com Raúl Castro.

"Todos sabem que serão mu­­danças complexas porque significa transitar de uma economia fortemente centralizada para uma economia na qual a iniciativa privada terá um certo papel. Isso vai significar mudanças so­­ciais e vai se desenvolver o empreendedorismo", disse.

Garcia disse que a reforma não significa o fim automático do em­­bargo econômico dos EUA contra Cuba. "Acho que isso [reforma] é uma imposição interna da economia. A economia não podia funcionar mais do jeito que estava funcionando. Eles se deram conta disso, ainda que tardiamente."

Na avaliação de Garcia, o problema do embargo é muito mais um problema de política interna dos EUA do que um problema de política mundial.

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