Mohammed Mursi, deposto nesta quarta-feira pelo exército como chefe de Estado, disse que as medidas anunciadas pelo chefe das Forças Armadas, Abdel Fatah al Sisi, são um "golpe" e que ele continua sendo o presidente do país.

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Mursi pediu aos altos comandantes militares e aos soldados que cumpram a Constituição e a lei e não respondam ao "golpe" e que evitem envolver-se no derramamento de sangue.

Em sua página de Facebook, o islamita destacou que "todos enfrentarão sua responsabilidade perante Deus, o povo e a história", depois que as Forças Armadas o substituíram como presidente pelo chefe do Tribunal Constitucional, Adly Mansour.

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Em discurso televisado à nação, o chefe do Exército, marechal Abdel Fatah al Sisi, anunciou que foi decretada a suspensão temporária da Constituição egípcia.

O presidente da Corte Constitucional administrará a etapa interina e convocará eleições presidenciais antecipadas, dentro do roteiro estipulado pelo exército com as forças do país.

O presidente terá todo o poder para fazer declarações constitucionais e para designar um chefe de governo com prerrogativas, disse Al Sisi.

Além disso, será formado um comitê de especialistas para emendar a Constituição, segundo o plano traçado por Al Sisi, que estava rodeado por líderes políticos além do xeque da instituição islâmica de Al-Azhar, Ahmed Tayyip, e o papa copta, Teodoro II.

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