O presidente egípcio deposto Mohammmed Mursi informou à família por telefone que passa bem. Conforme revelou um dos advogados do líder da Irmandade Muçulmana nesta quarta-feira, Mursi conversou com a mulher e os filhos pela primeira vez desde o início de julho, quando o exército do Egito o expulsou da presidência e o aprisionou em um local secreto.

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Os telefonemas foram uma aparente manobra dos militares, que assumiram o poder no país depois do golpe, de preparar Mursi para levá-lo à justiça para responder pela morte de manifestantes contrários ao governo dele durante o período em que esteve no poder. Apesar disso, nenhuma data para o julgamento foi definida. Até agora, os advogados do presidente deposto não foram autorizados a contatar o prisioneiro.

O julgamento do primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito é uma das diversas medidas assumidas pelo novo governo contra a Irmandade Muçulmana. Desde que assumiu o poder, em 3 de julho, o exército tem reprimido o grupo. Os principais líderes e diversos militantes foram detidos. Mais de 2 mil integrantes da Irmandade aguardam julgamento na prisão. Apenas alguns foram formalmente acusados.

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