Forças leais ao governante da Líbia, Muamar Kadafi, retomaram hoje a cidade petrolífera de Ras Lanuf, uma estratégica cidade portuária no leste do país. Com isso, os rebeldes contrários ao regime foram forçados a recuar mais para o leste líbio, segundo um correspondente da France Presse.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que seu país não descarta armar os rebeldes para ajudá-los a derrubar Kadafi. Hoje, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, também afirmou que seu governo "não descarta" armar os rebeldes, se isso fosse necessário para proteger os civis. Segundo ele, porém, o Reino Unido não tomou uma decisão sobre o tema.
Um porta-voz da chancelaria italiana, Maurizio Massari, disse hoje que essa medida seria "extrema" e provavelmente dividiria as nações. "Armar os rebeldes seria uma medida controversa, uma medida extrema que poderia certamente dividir a comunidade internacional", afirmou Massari em entrevista à rádio Radioanch'io.
A ideia de armar os insurgentes para forçar Kadafi a renunciar foi levantada em Londres, durante uma conferência ontem sobre a Líbia. Hoje, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que as potências não têm o direito de armas os líbios, de acordo com a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Líbia.
Lavrov lembrou de uma declaração anterior do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, descartando essa possibilidade. "Nós estamos lá para proteger o povo, não para armá-lo", afirmou ontem Rasmussen. "Nós concordamos totalmente com o secretário-geral da Otan", afirmou Lavrov.
O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, disse ontem que seu país estava pronto para discutir com seus aliados o envio de ajuda militar aos rebeldes líbios que enfrentam as forças de Kadafi.
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