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Navio irlandês Rachel Corrie, nas cores verde, branca e alaranjado, é visto ao fundo da bandeira de Israel próximo ao porto de Ashdod | Baz Ratner / Reuters
Navio irlandês Rachel Corrie, nas cores verde, branca e alaranjado, é visto ao fundo da bandeira de Israel próximo ao porto de Ashdod| Foto: Baz Ratner / Reuters

Apesar das pressões internacionais, lideradas pela Turquia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou neste sábado (6), após a intercepção de mais um barco que tentava levar ajuda a Gaza, que o bloqueio israelense será mantido e o país não permitirá "o estabelecimento de um porto iraniano" no território palestino. Netanyahu também comparou a operação realizada para impedir a aproximação do navio Rachel Corrie ao ataque israelense à frota que seguia para Gaza na segunda-feira. Segundo Israel, não houve violência neste sábado porque os ativistas não resistiram. O navio foi levado ao porto de Ashdod.

"Hoje nós vimos a diferença entre uma viagem de ativistas pacíficos, com quem nós não concordamos mas honramos seu direito a expressar uma opinião diferente, e a viagem de ódio organizada por violentos extremistas partidários do terrorismo", disse Netanyahu. "Israel vai continuar exercendo seu direito à autodefesa. Nós não vamos permitir o estabelecimento de um porto iraniano em Gaza", concluiu.

O premier voltou a defender o fechamento das fronteiras de Gaza alegando que o objetivo da medida é evitar que o Hamas, que governa o território, tenha acesso a armas. O grupo islâmico tem apoio do Irã. Comunicado de Netanyahu também afirmou que "as forças usaram os mesmos procedimentos para a flotilha na segunda-feira e a viagem de sábado, mas foi recebida com uma resposta diferente".

O navio irlandês Rachel Corrie, que tentava furar o bloqueio israelense, foi cercado e tomado pela Marinha de Israel por volta das 5h50m da madrugada de sábado (horário local). A abordagem, que não encontrou resistência, teria acontecido em águas internacionais, a cerca de 56 quilômetros da costa, após cerca de 20 minutos de perseguição marítma.

Após defender o Hamas, premier tuco estaria estudando viagem a Gaza

Segundo Israel, a invasão ocorreu depois que inúmeros chamados com pedido de mudança de rota foram ignorados. Comunicado oficial da ONG Free Gaza Movement informa, no entanto, que a invasão ocorreu à força. A embarcação chegou à tarde ao porto de Ashdod, em Israel. Entre os passageiros do navio estão a irlandesa Mairead McGuire, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, e o ex-secretário-geral adjunto da ONU, Denis Halliday.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que voltou a subir, na sexta-feira, o tom das críticas a Israel, acusando o país de ter traído sua religião e defendendo o Hamas, estaria estudando a possibilidade de ir a Gaza. Erdogan também poderá acionar a Marinha turca para acompanhar outra frota que possivelmente será enviada ao território palestino.

Na segunda-feira, nove ativistas turcos foram mortos em uma ação militar israelense contra outro navio que levava ajuda humanitária a Gaza. A operação, que teve como alvo principal a embarcação turca Mavi Marmara, foi duramente criticada pela comunidade internacional. O jornal britânico Guardian informou que os ativistas mortos levaram, juntos, 30 tiros; cinco deles foram alvejados na cabeça, à queima roupa, com armas de 9 milímetros.

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