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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está considerando a possibilidade de viajar para a Faixa de Gaza para defender o fim do bloqueio de Israel ao território palestino, informa neste sábado (5) o jornal israelense "Harretz", citando reportagem do libanês "al-Mustaqbal". Autor das mais duras críticas ao ataque israelense que matou nove ativistas - oito turcos e um americano de origem turca - que tentavam levar ajuda para Gaza, Erdogan também estaria estudando pedir à Marinha turca que acompanhe uma nova frota que poderá tentar furar o bloqueio.

O premier teria comunicado suas intenções aos Estados Unidos, que pediram que o plano fosse adiado para evitar a elevação das tensões na região. A reportagem afirma que Erdogan estaria sob pressão política para cancelar acordos militares com Israel, mas a cúpula das Forças Armadas turcas seria contra a ideia.

Em outra medida que pode deteriorar ainda mais as relações entre os dois países, a procuradoria de Bakirkoy, na cidade turca de Istambul, teria aberto investigação sobre o ataque israelense de segunda-feira, apontado o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, seu ministro da Defesa, Ehud Barak, e seu chefe de gabinete, Gabi Ashkenazi, como suspeitos. As informações foram divulgadas pelo jornal turco "Zaman", segundo o "Haaretz".

Promotores estariam estudando diversas possíveis acusações, como assassinato, injúria, manutenção de reféns, atacar cidadãos turcos em mar aberto e pirataria. Eles usariam autópsias dos mortos como provas. De acordo com a reportagem, o promotor Mehmet Tastan, que participa da investigação, já se reuniu com ativistas que foram feridos durante a ação de Israel.

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