Alli Webb é a fundadora da rede Drybar; abaixo, Webb aos 14 anos, quando vivia na úmida Flórida| Foto: Ao alto, Sam Hodgson /The New York Times

Dezoito pessoas formavam um semicírculo no novo espaço Drybar em Manhattan.

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Nas semanas anteriores, elas tinham sido treinadas na arte de fazer a melhor escova do mundo.

Sabiam criar o visual “praia”, o solto da escova Mai Tai e o liso controlado do Straight Up. Sabiam prender o cabelo da cliente num coque Uptini, se fosse isso o que ela quisesse. Sabiam virar a cadeira do salão com um gesto expansivo para que a cliente pudesse ver seu cabelo liso e brilhante no espelho.

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Como costuma dizer Alli Webb, a fundadora do Drybar, presente para cumprimentar as novas funcionárias: “Não vendemos simplesmente chapinhas e escovas, vendemos felicidade e autoconfiança”.

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O novo Drybar seria inaugurado no dia seguinte. Todos os horários já estavam reservados por vários dias —200 escovas. Era a 39a filial da Drybar, que abriria a 40a apenas um mês mais tarde.

Uma chapinha é um produto altamente engenhoso —pode ser desfeito e destruído pelo simples acréscimo de gotas de água. As três maiores redes de salões que oferecem chapinhas e escovas —Drybar, Blo e DreamDry— já contam com mais de cem filiais nos Estados Unidos.

A Drybar planeja se estabelecer em Toronto dentro em breve e, depois disso, em Londres, a cidade do fog e do frizz.

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Em apenas cinco anos, a empresa de Ali Webb se converteu em um empreendimento que movimentou mais de US$ 50 milhões em 2014. Para 2015, a previsão de receita é de US$ 70 milhões.

Não foi isso o que Webb imaginava quando era adolescente no sul da Flórida. Naquela época, ela enfrentava uma luta diária com seu cabelo, que era ondulado, e, graças ao clima úmido, cheio de frizz.

Ela acabou abrindo um negócio de escovas e chapinhas a domicílio na Califórnia, postando um anúncio na lista de e-mails de seu grupo local de mães em que oferecia o serviço por US$ 40. Ela foi inundada de e-mails. Seu marido, Cameron Webb, lhe fez um site na internet. Em pouco tempo, Webb estava cheia de trabalho —na verdade, sobrecarregada. E as clientes estavam fisgadas.

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Webb abriu quatro filiais na Califórnia em 2010. No ano seguinte, estendeu seu negócio para Texas, Arizona, Nova York e Geórgia. Mais tarde, chegou a Washington, e não parou mais.

Ela se concentrava na experiência vivida pelas clientes.

Não queria que elas olhassem para o espelho, porque “o espelho só é preciso quando se faz um corte”. Queria que fosse servido um drinque, água ou champanhe a cada uma. Queria que as clientes fossem mimadas. E queria que os televisores em seus salões exibissem filmes românticos como “Diário de Uma Paixão”.

Hoje a Drybar tem 3.000 funcionários. Há uma linha de produtos para cabelos, chapinhas e escovas de modelagem vendidas nos salões Drybar e na Sephora.

O próximo passo da companhia será retornar às suas origens móveis.

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Ela está lançando um aplicativo chamado Dry on the Fly. Com ele, um satélite localiza a cliente, e uma cabeleireira treinada pela empresa vai à casa dela e lhe faz uma chapinha, por US$ 75.