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O conservador Nicolas Sarkozy é o novo presidente da França, eleito com 53% dos votos para substituir Jacques Chirac e governar o país pelos próximos cinco anos, segundo pesquisa de boca-de-urna oficial divulgada às 20h (15h de Brasília). Numa eleição que dividiu o país e fez a participação dos eleitores bater recordes, deixando para trás a apatia política que marcou o pleito de 2002, a socialista Ségolène Royal ficou com 47% dos votos, de acordo com as primeiras estimativas.

Pouco antes da divulgação das sondagens oficiais, pesquisas de boca-de-urna divulgadas na Bélgica já apontavam Sarkozy como o vencedor, dando início à festa de eleitores e correligionários do UMP. Aos 52 anos, o político conseguiu superar as barreiras que poderiam impedir sua ascensão ao poder.

Filho de um imigrante húngaro, divorciado, casado pela segunda vez e com um discurso que defende mudanças radicais, para "liquidar" o espírito de maio de 68, Sarkozy chega à presidência como o político de direita mais popular do mais. A vitória no segundo turno também confirma sua aceitação pelo eleitorado de centro, que deu ao candidato François Bayrou 18,57% dos votos no primeiro turno, transformando-se em alvo da disputa de Ségolène e Sarkozy na reta final.

Partidários do candidato da direita Nicolas Sarkozy comemoram, em Paris, o resultado das pesquisas boca-de-urna que indicam vitória do candidato conservador no segundo turno das eleições na França - Reuters Ex-ministro do Interior de Jacques Chirac, que se despede de 12 anos no poder, o conservador não escondia o desejo de substituir seu hoje desafeto no Palácio do Eliseu e foi o candidato natural do UMP. Agora, a passagem de comando marca o início de uma etapa na história francesa, com a chegada de uma nova geração ao poder.

O conservador promete fazer reformas, especialmente na área econômica, com corte de gastos e mudanças na burocracia estatal. Ele também pretende acabar com os "bloqueios" e a "impotência política", relançando "a moral, a autoridade, o trabalho e a nação".

Sarkozy quer "resgatar o trabalho, o esforço, o mérito e o gosto pelo risco". Ele assumirá a presidência de olho nas eleições legislativas de 10 e 17 de junho. Mas, antes da votação, Sarkozy disse que se eleito tiraria alguns dias de descanso e não pretendia fazer a transmissão de poderes antes do dia 16, véspera da data em que expira o mandato de Jacques Chirac.

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