| Foto: JOEL SAGET/AFP

O nível do rio Sena atingiu nesta sexta-feira (3) seis metros, próximo a seus níveis mais elevados em mais de 34 anos em Paris, resultando em medidas de segurança nos principais museus, com um balanço das inundações na Europa se elevando a 14 mortos.

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Nos museus localizados em ambos os lados do rio, cujas margens estão inundadas, várias coleções foram guardadas em locais seguros, principalmente aquelas expostas nos subsolos.

O Louvre, o museu mais visitado do mundo, foi fechado ao público. “Milhares de obras” foram evacuadas durante a noite “em boas condições”, segundo a administração do local.

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Na margem esquerda, do outro lado do rio, o Museu de Orsay permanecerá de portas fechadas até terça-feira (7) para uma operação similar.

Em pontes do centro da capital, turistas e parisienses, a pé, de bicicleta ou scooter, paravam para fotografar o Sena que transborda.

“Isso nos faz lembrar que a natureza é mais poderosa do que o homem. Nós não podemos fazer nada, temos que esperar”, disse Gabriel Riboulet, um empresário de 26 anos.

Matt Dale, um soldado australiano que visita a França pela primeira vez com sua noiva Sarah Jackson, diz que viu inundações nas áreas rurais do seu país, mas “nunca como esta”.

Novo aumento do nível do rio à noiteDe acordo com as autoridades francesas, o nível do Sena atingiu nesta sexta-feira à tarde 6 metros, com um novo pico esperado para a noite, “de 6,30 m ou 6,50 m.”

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Este nível elevado deve “manter-se relativamente estável durante todo o fim de semana antes do início de descer”, disseram as fontes.

Foto de dezembro de 1982 mostra um barco turístico passando pelo Sena tranbordado 

A última grande enchente a atingir a capital francesa foi em 1982, quando o rio atingiu 6,15 metros.

O grande dilúvio histórico que continua a ser o ponto de referência para os parisienses data de 1910. Na ocasião, o rio chegou a 8,62 m de altura e marcas nas docas ainda indicam até onde a água subiu.

Desde terça-feira, o tráfego é proibido no rio, onde barcos a vela, de turismo e barcaças de mercadorias costumam navegar. O tráfico de um trem regional que corre ao longo da margem esquerda foi suspenso.

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Perto da catedral de Notre Dame, pedaços de troncos de árvores e paletes à deriva na água. Na estação de mêtro Pont-Neuf, os agentes se ocupavam nesta tarde a limpar a estação com esfregões e protegê-lo com sacos de areia.

“Ainda não podemos dizer que há uma ameaça à população”, indicou a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

As inundações, causadas por chuvas excepcionais, arrastaram na quinta-feira um cavaleiro que caiu na água perto de Paris. Seu cavalo foi capaz de voltar para a terra, mas o homem de 74 anos foi encontrado duas horas depois morto no curso do rio.

Medo de novas vítimas

A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, afirmou nesta sexta-feira que “teme descobrir (outras) vítimas”, com o declínio dos níveis da água que “será muito lento” em todas as regiões alagadas.

Um total de 13 departamentos da região de Paris e do centro da França permanecem em estado de alerta.

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Desde o início das chuvas na semana passada, 20 mil pessoas foram evacuadas.

Face aos danos materiais significativos, o “estado de desastre natural será reconhecido”, prometeu o presidente François Hollande.

Na Alemanha, a situação parece melhorar um pouco, mas o número de mortos subiu na noite de quinta-feira a sexta-feira com a descoberta do corpo sem vida de um homem de 65 anos em Simbach am Inn, na Baviera (sul), uma das áreas mais afetadas pelas enchentes.

Um total de 10 pessoas morreram no país desde o início da semana devido ao mau tempo: seis na Baviera, onde um casal de idosos ainda está desaparecido, e quatro na região de Baden-Württemberg (sudoeste).

No sul da Bélgica, o corpo de um apicultor arrastado na quinta-feira por um rio transbordado foi encontrado nesta sexta-feira.

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As inundações também atingiram a Romênia, onde as autoridades citaram nesta sexta-feira a morte de dois homens encontrados afogados no leste.