Um Tribunal do Egito ordenou que os nomes do presidente deposto, Hosni Mubarak, e sua esposa, Suzanne, sejam removidos de todas as instalações e instituições públicas. Esse é o mais recente passo para desmantelar o legado do ex-líder que ficou 29 anos no poder. Existem centenas, talvez milhares de escolas, ruas, quadras e bibliotecas que carregam o nome de Mubarak ou sua esposa, além de uma estação de metrô no centro do Cairo.

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Agora todos esses sinais terão de ser apagados, em um novo golpe para Mubarak, que foi deposto em 11 de fevereiro e desde a semana passada está detido em um hospital para investigações sobre acusações de corrupção e de assassinatos de manifestantes contrários ao seu governo. Suzanne deverá ser questionada sobre acusações de acúmulo ilegal de riqueza.

Ao anunciar a decisão nesta quinta-feira (21), o juiz Mohammed Hassan Omar afirmou que "pessoas esconderam a jornada de corrupção de Mubarak". "Ficou claro que o tamanho da corrupção que tem sido encoberta a cada dia excede a imaginação de qualquer um", acrescentou.

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O ministro dos Transportes do Egito, Atef Abdel-Hameed, afirmou a jornalistas que vai agir rapidamente para remover o nome de Mubarak das instalações do ministério, incluindo a estação de metrô do Cairo.

Quando foi forçado a renunciar, há dois meses, Mubarak havia servido durante cinco mandatos, em um governo que administrava como se fosse sua propriedade, dando a vários projetos o seu próprio nome. Suzanne era bastante envolvida nos projetos do marido e tinha influência nos bastidores. Foi ela quem liderou os esforços para que seu filho Gamal sucedesse o pai, o que foi um dos motivos para as manifestações que levaram à deposição de Mubarak. As informações são da Associated Press.