Os norte-americanos continuam a ser muito otimistas, mas todo o ceticismo e a retórica sombria dos últimos tempos não deixaram de ter suas consequências. Quase dois terços dos entrevistados por uma pesquisa do Instituto Pew e a revista Smithsonian sobre o futuro do país expressaram otimismo sobre o futuro do país e a maioria prevê que a economia vai se fortalecer no futuro.
Mas embora a perspectiva continue sendo positiva, ela é em nível muito menor do que a registrada uma década atrás. Cerca de 64% dos entrevistados expressaram otimismo sobre seu futuro, porcentual menor do que os 81% registrados por uma pesquisa semelhante realizada em 1999.
Ao mesmo tempo, a proporção de otimistas sobre o futuro da nação baixou de 70% para 61% e a dos que preveem o fortalecimento da economia caiu de 64% para 56%.
Por outro lado, os norte-americanos têm muitas esperanças no que se refere aos próximos 40 anos. Por exemplo, para 2050, 71% preveem que o câncer será curável, 66% disseram que membros artificiais funcionarão melhor do que os verdadeiros e 53% declararam que pessoas comuns poderão viajar pelo espaço.
Mas as expectativas continuam mistas, já que 72% esperam uma forte crise energética, 58% dizem que haverá outra guerra mundial e 53% antecipam um ataque terrorista com armas nucleares contra os Estados Unidos.
E falando de notícias ruins, os norte-americanos não esperam lê-las no jornal, já que 64% consideram que os meios impressos já não existirão em 2050. Cerca de 63% anteciparam o desaparecimento do papel-moeda.
Oitenta e nove por cento dos entrevistados acreditam que haverá uma mulher presidente em 40 anos e 69% acreditam que é possível que um latino seja presidente. Já 41% esperam que Jesus Cristo regresse em 2050 e apenas 31% acreditam que o planeta será atingido por um asteroide.
No que diz respeito à imigração, 34% disseram que será necessário menos imigrantes para manter a economia em bom estado, enquanto 26% consideram que é preciso mais imigrantes. A pergunta foi sobre imigração legal.
A pesquisa foi realizada por telefone com 1.546 adultos entre 21 e 26 de abril. A margem de erro é de mais ou menos três pontos porcentuais.