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EUA

Obama comemora vitória na reforma da saúde

Reforma aprovada por votação apertada está sendo questionada na justiça por 14 estados americanos. Mudanças vão incluir 32 milhões de cidadãos desassistidos

Presidente Barack Obama sancionou a lei de reforma no sistema de saúde dos Estados Unidos, uma de sus principais promessas de campanha | Reuters
Presidente Barack Obama sancionou a lei de reforma no sistema de saúde dos Estados Unidos, uma de sus principais promessas de campanha (Foto: Reuters)

O presidente dos EUA, Barack Obama, comemorou uma importante vitória nesta terça-feira ao sancionar uma reforma da saúde, um fato que irá marcar seu governo e pode definir as chances dos democratas na eleição parlamentar de novembro.

Imediatamente após a sanção da lei, aprovada no domingo por estreita margem na Câmara dos Representantes, 14 Estados recorreram à Justiça Federal alegando que a reforma viola seus direitos, e a bancada republicana no Congresso também prometeu contestá-la.

"Acabamos de sacramentar, assim que eu assinar esta lei, o princípio central de que todos devem ter a mesma segurança básica quando se trata de sua saúde", disse Obama, jubilante, numa cerimônia no lotado Salão Leste da Casa Branca, onde foi muito aplaudido por parlamentares democratas e outros simpatizantes.

A reforma, num setor que movimenta 2,5 trilhões de dólares por ano nos EUA, garante plano de saúde a 32 milhões de norte-americanos hoje desassistidos, amplia o programa federal de saúde para os pobres, impõe novos impostos para os ricos e proíbe as seguradoras de práticas como rejeitarem cobertura a clientes com doenças pré-existentes. É a maior mudança nas políticas sociais do país nas últimas décadas.

Os republicanos tentaram a todo custo barrar a reforma, mas agora esperam se aproveitar do ceticismo da opinião pública a respeito da nova lei para recuperar o controle do Congresso na eleição de novembro.

O Senado começa a debater nesta semana um pacote de emendas à nova lei, aprovada também no domingo pela Câmara. Líderes democratas dizem estar confiantes de que conseguirão novamente superar a oposição republicana.

Treze governos estaduais -- de Alabama, Colorado, Flórida, Idaho, Louisiana, Michigan, Nebraska, Pensilvânia, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Texas, Utah e Washington -- se juntaram para abrir uma ação em Pensacola, na Flórida, minutos depois da sanção da lei. Virginia moveu uma ação separadamente.

Apenas um dos Estados responsáveis por esses processos judiciais não é republicano.

Para o secretário de Justiça da Flórida, Bill McCollum, pré-candidato republicano a governador, a reforma "força as pessoas a fazerem algo, no sentido de comprar uma apólice de seguro-saúde ou pagar uma penalidade, uma taxa ou uma multa, que simplesmente a Constituição não permite que o Congresso faça."John Boehner, líder republicano na Câmara, disse que "as consequências devastadoras desta legislação serão sentidas em promessas rompidas, custos mais altos, empregos perdidos e menos liberdades."

Após sancionar a lei, Obama compareceu a uma segunda cerimônia, onde lançou uma ofensiva publicitária para tentar esclarecer as dúvidas e confusões da opinião pública sobre a reforma.

A cerimônia pós-sanção e uma viagem que Obama deve fazer na quinta-feira a Iowa permitirão que ele celebre o resultado e tente convencer os norte-americanos sobre os benefícios da reforma.

Dirigindo-se aos norte-americanos céticos ou confusos "com todo o barulho" feito em torno da reforma, Obama pediu atenção aos fatos: "Estou confiante de que vocês vão gostar do que verão", disse.

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