Numa referência à célebre frase de Fidel Castro, que dizia que a história o absolveria, o presidente americano, Barack Obama, disse que a história julgará o impacto do ex-líder cubano no país e no mundo. Num comunicado, o democrata ressaltou o fato de que os países realizaram avanços significativos na relação após décadas de tensões.
Obama: EUA estendem ‘mão da amizade’ aos cubanos após morte de Fidel
“Neste momento da morte de Fidel Castro, estendemos a mão ao povo cubano. A História recordará e julgará o enorme impacto desta figura singular no povo e no mundo a seu redor”, escreveu o chefe de governo dos Estados Unidos.
Segundo Obama, durante sua Presidência, trabalhou-se para “deixar para trás o passado”, construindo um futuro em cima do que os países têm em comum.
Os Estados Unidos restauraram laços diplomáticos com Cuba em julho de 2015 e reabriram sua embaixada em Havana um mês depois em uma reaproximação histórica que pôs fim a mais de meio século de uma inimizade que perdurava com a ilha comunista desde a Guerra Fria. Em março, Obama fez uma visita histórica a Cuba.
Essa histórica reaproximação entre Washington e Havana acabou sendo conduzida por Obama e Raúl Castro, já que Fidel se afastou da Presidência cubana em 2009 e das atividades políticas em 2011.
Já o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que Fidel foi um “um ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas”. Durante sua campanha presidencial, inclusive, o republicano chegou a dizer que, caso eleito, reverteria a histórica aproximação entre o país e Cuba, promovida por Obama.
Obama: EUA estendem ‘mão da amizade’ aos cubanos após morte de Fidel
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos estendem a “mão da amizade ao povo cubano”, depois da morte do líder revolucionário Fidel Castro.
“Sabemos que este momento enche os cubanos - em Cuba e nos Estados Unidos - de emoções poderosas, lembrando as incontáveis formas como Fidel Castro alterou o curso de vidas individuais, famílias e da nação cubana”, afirmou o presidente americano.
“Durante a minha presidência, trabalhamos duro para deixar o passado para trás, perseguindo um futuro no qual a relação entre nossos dois países seja definido não por nossas diferenças, mas por muitas coisas que compartilhamos como vizinhos e amigos”, disse Obama.
Hoje, Obama afirmou que, nos próximos dias, os cubanos “recordarão o passado e também olharão para o futuro. E, ao fazê-lo, os cubanos devem saber que eles têm nos Estados Unidos um país amigo e associado”.
O secretário de Estado americano, John Kerry, estendeu suas condolências aos cubanos pela morte do líder revolucionário e apontou que “desempenhou um papel enorme” e “influenciou a direção de assuntos regionais e até globais”.
Kerry acrescentou que os Estados Unidos continuam comprometidos com o processo de aproximação para com Cuba, “com o desejo profundo não de ignorar a história, mas de escrever um novo melhor futuro para nossos dois povos”.
Em seu comunicado, Kerry disse ainda que “os Estados Unidos reafirmam seu apoio a um aprofundamento das relações com o povo cubano agora e nos próximos anos”.
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