O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, se reunirá nesta segunda-feira (17) com seu ex-rival, o senador republicano John McCain, para falar sobre formas de trabalharem juntos, afirmou nesta sexta-feira (14) uma porta-voz do futuro líder norte-americano.
O encontro entre os dois ex-presidenciáveis ocorrerá em Chicago, no quartel-general da equipe de transição de Obama, duas semanas depois de o senador democrata ter derrotado McCain nas eleições presidenciais de 4 de novembro.
Essa será a primeira vez em que os dois conversarão desde que McCain telefonou para Obama para felicitá-lo pela vitória. O republicano fez um discurso comovente ao reconhecer sua derrota. Nesse discurso, prometeu ajudar o ex-rival a enfrentar os maiores desafios do país.
"Todos sabem que os dois compartilham a crença fundamental de que os norte-americanos desejam e merecem um governo mais efetivo e mais eficiente. E eles discutirão formas de trabalharem juntos para fazer disso uma realidade", disse Stephanie Cutter, porta-voz da equipe de transição de Obama.
Segundo Cutter, os dois seriam acompanhados pelo amigo íntimo de McCain senador Lindsey Graham (da Carolina do Sul) e pelo chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel.
Uma outra porta-voz de Obama disse que as equipes do democrata e do republicano haviam mantido contado "durante um tempo" a fim de decidir uma data para o encontro.
"Há muitas questões que eles compartilham", disse Jen Psaki, a porta-voz. Psaki citou as mudanças climáticas e uma reforma ética como duas áreas nas quais os ex-presidenciáveis cooperariam.
McCain, 72, senador pelo Estado do Arizona, conclamou na semana passada todos os norte-americanos, entre os quais seus simpatizantes, a darem apoio a Obama.
"Nesta noite, é natural que sintamos um certo desapontamento", afirmou McCain no discurso de 4 de novembro. "Mas amanhã precisamos superar isso e trabalhar juntos para colocar nosso país de novo em movimento", disse a seus simpatizantes, criticando-os quando reagiram com vaias à citação do nome de Obama.
Durante os cinco meses da intensa campanha eleitoral, o democrata e o republicano discordaram a respeito da guerra no Iraque, dos impostos, do comércio e da política energética.
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