O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na quarta-feira ao Congresso que chegue rapidamente a um acordo sobre os principais elementos da reforma da saúde, sinalizando uma disposição de reduzir sua abrangência depois de perder a maioria qualificada no Senado.

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Comentando à ABC News a vitória do republicano Scott Brown na eleição suplementar para o Senado em Massachusetts, Obama, que completa um ano de mandato, afirmou que "as pessoas estão com raiva, estão frustradas, não só pelo que aconteceu no último ano ou dois, mas pelo que aconteceu nos últimos oito anos".

A Casa Branca disse que o governo deve repensar a estratégia para aprovar suas propostas, o que inclui não só a reforma da saúde, mas também a criação de empregos, a questão climática e a reforma no marco regulatório financeiro.

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Analistas dizem que as dúvidas do eleitorado sobre a reforma da saúde, o desemprego superior a 10 por cento e a demora na recuperação econômica foram decisivas para a surpreendente vitória de Brown em uma vaga que pertenceu durante 47 anos ao democrata Edward Kennedy, morto em 2009. O resultado prenuncia dificuldades para Obama na eleição parlamentar de novembro.

Com o resultado de Massachusetts, os democratas perdem a maioria de 60 votos no Senado (de um total de 100), que era necessária para impedir obstruções regimentais dos republicanos.

Obama deixou claro que insistirá na reforma da saúde, mas deu sinais de que pode fazer concessões. "Eu aconselharia que tentássemos nos mover rapidamente para nos aglutinar em torno desses elementos no pacote sobre os quais as pessoas concordam", disse ele à ABC.

"Sabemos que precisamos de uma reforma do seguro (de saúde). As empresas de seguro-saúde estão tirando vantagem das pessoas. Sabemos que temos de ter alguma forma de contenção de custos, porque, se não, nosso orçamentos vão estourar", prosseguiu.

"E sabemos que pequenas empresas vão precisar de ajuda para que possam oferecer seguro-saúde às suas famílias. Isso está no núcleo, são alguns dos elementos centrais deste projeto".

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Obama tomou posse, há exatamente um ano, fazendo promessas de mudança e com popularidade acima de 70 por cento. Atualmente sua aprovação está em torno de 50 por cento, um dos índices mais baixos entre os presidentes recentes a esta altura do mandato.

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