O presidente americano, Barack Obama, bebeu ontem um copo de Guinness na vila de Moneygall, onde seu tataravô viveu, durante visita à Irlanda.
Obama e sua mulher, a primeira-dama Michelle, foram recebidos com festa pelos habitantes do vilarejo, onde milhares foram às ruas para ver o casal. O sapateiro Falmouth Kearney, que deixou a vila em 1850 e foi viver nos EUA, era tataravô de Obama. Isso faz do presidente, que é filho de pai queniano e mãe americana, um dos 37 milhões de americanos com ascendência irlandesa.
No giro de seis dias pela Europa, Obama também irá visitar o Reino Unido, a França e a Polônia.
"Estou aqui para ver Obama (...) nosso parente distante", disse o morador de Moneygall Rob Lewis, 28 anos. Dentro do pub, Obama se encontrou com Henry Healy, 24 anos, um primo distante.
Ele brincou com o barman, dizendo para servir a Guinness de maneira correta, antes de provar a cerveja ao lado de Michelle.
Mais cedo, ao falar em Dublin após reunião com o premiê Enda Kenny, Obama falou sobre a relação estreita entre EUA e a Irlanda e expressou sua satisfação com a melhora da situação econômica do país.
Muitos irlandeses se animaram com a visita de Obama ao país, que ocorre uma semana após a visita histórica de Elizabeth II. Vários bares colocaram faixas de boas-vindas ao presidente.
"Somos uma pequena nação de 4 milhões de pessoas, gostamos do gesto de vir até aqui. Após a vinda da rainha, é um momento animador para a Irlanda", disse Susannah Moore, de Dublin.
Meia hora
Obama expressou seu apoio à Irlanda, dizendo que os irlandeses são "mais do que capazes" de superar a crise financeira. Ele deu as declarações após reunião de cerca de meia hora com o premiê irlandês, Enda Kenny, na residência oficial.
Obama disse ainda que está "satisfeito" com os progressos obtidos em frente à crise. O presidente também mencionou o processo de paz na Irlanda do Norte e indicou que se trata de um modelo "inspirador", no qual pessoas que travam "disputas ancestrais" se sentaram à mesa de negociações. Para ele, tal exemplo deve ser seguido em outras regiões de conflito no mundo.