O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai participar nesta quarta-feira de uma cerimônia em Tucson, no Arizona, no local onde ocorreu um ataque a tiros que deixou gravemente ferida uma congressista de seu Partido Democrata. A cerimônia lembrará as seis pessoas mortas no sábado, quando um jovem de 22 anos abriu fogo em uma tentativa aparente de assassinar a deputada Gabrielle Giffords. Entre os mortos está um juiz federal e uma menina de 9 anos. Giffords permanece em estado grave no hospital. O suspeito Jared Loughner foi acusado formalmente pelo ataque e pode pegar a pena de morte.
Obama buscará impor-se diante de uma dura disputa no país, com os dois lados do espectro político culpando o rival por criar um clima de paranoia e ódio e por ter incitado o ataque. Na segunda-feira, Obama disse esperar que "possamos sair dessa tragédia como uma nação mais forte".
Missão similar já foi enfrentada por outros presidentes do país, entre eles Bill Clinton, após o ataque contra um edifício federal em Oklahoma, em 1995, e George W. Bush, após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Obama, porém, já tem prática. Após o ataque a tiros em Fort Hood, no Texas, em novembro de 2009, o presidente buscou ajudar o país a assimilar o episódio, em que morreram 13 pessoas e 29 ficaram feridas, quando um soldado norte-americano começou a disparar no local.
Os antecessores de Obama ganharam pontos políticos pelo modo como manejaram as crises. Bush uniu a nação após os ataques da Al-Qaeda, já Clinton honrou os mortos em um discurso que ajudou a tirá-lo de um mau momento na presidência, a derrota dos democratas nas eleições legislativas do ano anterior. Obama está agora em situação similar, após o Partido Republicano recuperar o controle da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) na eleição de novembro. As informações são da Associated Press.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião