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O objeto amarelo avistado no mar do golfo da Tailândia pelas equipes de busca do avião Boeing 777-200, da Malaysia Airlines, que desapareceu no sábado (8) com 239 ocupantes a bordo, é a uma capa mofada de um carretel de cabos, informou o jornal vietnamita Thanh Nien.
O helicóptero enviado para examinar o objeto o recolheu ao sudoeste da ilha de Tho Chu, onde acredita-se que o avião pode ter caído, para que especialistas determinem se pertence à aeronave ou tem outra procedência.
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Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura, Tailândia e Vietnã participam da busca do Boeing 777-200. Transcorridas mais de 60 horas do desaparecimento dos radares os restos do avião não foram encontrados.
Os especialistas também não esclareceram o motivo pelo qual os mecanismos de emergência do avião em caso de acidentes não transmitiram nenhum sinal.
O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur às 0h41 locais (13h41 de sexta-feira no horário de Brasília) e deveria chegar em Pequim seis horas depois.
As autoridades de aviação civil malaias indicaram que sua última posição no radar antes da perda do sinal foi às 1h30 locais (14h30 de sexta-feira no horário de Brasília).
Ao todo, 239 pessoas estavam no avião, sendo 229 passageiros, incluídos dois menores de idade, e uma tripulação de 12 malaios.
A lista fornecida por Malaysia Airlines contém 153 chineses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês, um austríaco e um taiuanês.
Os supostos passageiros italiano e austríaco embarcaram no avião com passaportes roubados.
O piloto é um malaio de 53 anos, com 18.365 horas de voo de experiência e que começou a trabalhar na Malaysia Airlines em 1981, segundo dados da própria companhia.
FBI examina conexão terrorista
Uma equipe de especialistas do Birô Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos viajou neste domingo (9) para a Malásia para estudar um possível vínculo terrorista no desaparecimento do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, já que há indícios que apontam o 'modus operandi' de atentados da Al Qaeda no Sudeste Asiático.
Uma fonte do FBI informou ao jornal Los Angeles Times que a equipe foi enviada porque no voo havia três passageiros americanos, e que os analistas se encarregarão, a princípio, de analisar as imagens feitas no aeroporto de Kuala Lumpur.
Pelo menos duas pessoas viajavam no voo 370 da Malaysia Airlines com dois passaportes roubados de um italiano e um austríaco na Tailândia, detalhe semelhante a táticas terroristas da Al Qaeda no sudeste asiático durante décadas.
"Por enquanto o que aconteceu é um mistério", disse a fonte do FBI, que lembrou que ainda não há evidências que indicam que a possível desintegração da aeronave em pleno voo se deve a um ato terrorista.
Segundo o FBI, o mero fato de que foram usados dois passaportes roubados não prova um ataque terrorista, apesar de as duas pessoas que subiram a bordo com esses documentos terem comprado seus bilhetes juntas, pagando com dinheiro.
O congressista republicano Peter King, presidente da subcomissão da Câmara dos Deputados para inteligência e antiterrorismo, disse neste domingo em entrevista à "NBC" que os investigadores "devem considerar a possibilidade de um ato terrorista e esgotar todas as linhas de investigação".
King lembrou que a Al Qaeda utilizou a Malásia como centro de operações no sudeste asiático.
O deputado afirmou ter sido informado de que foram identificados em imagens os dois portadores dos passaportes roubados e que se trabalha para confirmar a identidade desses viajantes, que tinham comprado passagens com destino à Europa, e que Pequim (o destino final do voo desaparecido) era uma escala.
Os EUA também enviaram uma equipe de analistas do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) com técnicos da Boeing e da Administração Federal de Aviação (FDA) para ajudar na investigação técnica.
A ex-inspetora geral do Departamento de Transporte Mary Schiavo disse neste domingo que a investigação também pode rumar em direção à hipótese de uma reprise da "Operação Bojinka", como um falha mecânica, que também explicaria por que o avião mudou de rumo antes de desaparecer dos radares.