O número de mortos pela onda de frio na Europa, que era de 364 pessoas na segunda-feira (6), chegou a quase 400 nesta terça-feira (7). Na Ucrânia, país onde o frio já matou mais pessoas - 135 até a última contagem oficial -, as autoridades usaram helicópteros para resgatar marinheiros que ficaram retidos em um navio preso no Mar de Azov, que congelou. Pelo menos 2.150 pessoas foram hospitalizadas com sintomas de hipotermia e congelamentos de mãos e pés.
Na Bulgária, rios transbordaram e deixaram dezenas de casas debaixo d'água. As autoridades declararam um dia de luto pela morte de oito pessoas após o rompimento de uma barragem, que inundou a vila de Bisser. "Foi assustador", disse o morador do vilarejo Iliyan Todorov ao jornal Trud. "Fomos informados de que o tsunami estava chegando apenas cinco minutos antes da chegada da onda. Sobrevivemos por milagre".
>>Veja fotos da onde de frio em toda a Europa
As ruas ficaram cobertas com lama, enquanto os moradores regressavam às suas residências alagadas. Ao menos uma dúzia de casas desabou, árvores bloquearam as estradas e carros destruídos foram abandonados em ruas desertas. Falta eletricidade em 300 cidades e vilarejos do país. As estradas foram fechadas, assim como vários postos de controle na fronteira com a Romênia e a Turquia.
O dique em um rio também se rompeu sob a forte pressão da água perto de Kapitan Andreevo, na fronteira com a Turquia, disseram autoridades. A agência de defesa civil da Bulgária avisou que duas barragens maiores correm risco de transbordar e os moradores foram alertados para uma possível retirada. As autoridades iniciaram uma liberação controlada da água das barragens a fim de evitar o transbordamento.
Itália
Na Itália, as autoridades informaram nesta terça-feira que 36 pessoas foram mortas pela onda de frio - 26 óbitos ocorreram de segunda para esta terça-feira. Perto de Bolonha, um caminhoneiro de 62 anos morreu de hipotermia, dentro do veículo preso na neve. Em Pádua, na região do Vêneto, uma mulher morreu afogada no rio Brenta, onde mergulhou para tentar salvar seu cachorro que caiu na água após o gelo em que caminhava na margem se romper.
Na região da Basilicata (sul), o exército conseguiu salvar seis caminhoneiros que estavam bloqueados pela neve em uma estrada nas montanhas, entre Matera e Spinazzola. Neva na Basilicata e na região vizinha da Campanha há mais de 48 horas. O rio Arno, que corta a cidade de Florença, começou a congelar.
Grécia
Na Grécia, os socorristas tiveram de ajudar cinco idosos a sair de suas casas inundadas após o rio Evros (Maritza) transbordar perto da fronteira nordeste do país com a Bulgária. Vários moradores idosos também foram retirados durante a noite de outras três vilas na área.
Autoridades gregas de proteção civil disseram que uma mulher de 40 anos se afogou em uma enxurrada no leste do Mar Egeu, na ilha de Symi, na segunda-feira. Nevascas foram relatadas no norte da Grécia, prejudicando o tráfego rodoviário e causando o corte de energia em áreas remotas.
Polônia
Na Polônia, mais seis pessoas foram mortas pelo frio nas últimas 24 horas, informou o Ministério do Interior. Isso elevou para 68 o total de mortos no país pela onda de frio nos últimos dez dias.
RomêniaCerca de 146 cidades e vilarejos da Romênia ficaram isolados, sem ligações por estrada ou por trens por causa das nevascas. Até 174 vilarejos, com cerca de 60 mil pessoas, não tinham energia elétrica, disse o porta-voz do departamento de emergência da Romênia, Alin Maghiar. Pelo 1.100 pessoas passaram a madrugada desta terça-feira em dois trens nas planícies.
A onda de frio já matou centenas de pessoas em toda a Europa, e as temperaturas em alguns países despencaram para quase 40 graus negativos. Autoridades vÇam alertando para o risco de inundações quando as temperaturas subirem e a neve derreter.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião