A Organização das Nações Unidas (ONU) quer que o governo de Israel investigue de forma isenta, conquistando a confiança da comunidade internacional, o ataque à frota de navios com carregamento de ajuda humanitária, ocorrido no final de maio. O relator especial das Nações Unidas sobre Execuções Extrajudiciais, Philip Alston, disse nesta sexta-feira (11) que o inquérito interno de Israel deve ser independente e seguir as normas internacionais.
"Existem vários requisitos indispensáveis para qualquer comissão de inquérito, como, por exemplo o cumprimento das normas internacionais", disse Alston. Segundo ele, a ONU acompanhará de perto processo de investigação. "O inquérito deve ser ser conduzido de forma independente do governo e o relatório final deve ser totalmente público. Não se deve deixar a critério do governo", afirmou. As informações são do site das Nações Unidas.
No último dia 31, uma frota de seis navios, reunindo cerca de 750 pessoas, foi atacada por tropas israelenses no Mar Mediterrâneo. Os navios transportavam carregamentos de ajuda humanitária para os moradores da Faixa de Gaza, que vivem sob bloqueio econômico imposto pelo governo de Israel. O ataque provocou a morte de nove pessoas a maioria das vítimas era de origem turca.
O governo de Israel justificou a ação informando que os ativistas tentaram atacar os homens do Exército e, por isso, houve a ofensiva. A reação israelense foi duramente criticada pela maior parte da comunidade internacional. Os israelenses rechaçaram a possibilidade de abertura de um inquérito internacional para investigar o episódio.
Na semana passada, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, conversou, por telefone, com os primeiros-ministros da Turquia, Recep Tayyip ErdoÄan, e de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre as opções para avançar nas investigações. Os 15 integrantes do Conselho de Segurança da ONU, reunindo permamentes e rotativos, condenaram o ataque à frota de navios.
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