Números divulgados na terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela oposição líbia indicam que os conflitos no país já deixaram 10 mil mortos, 55 mil feridos e mais de 520 mil refugiados desde fevereiro. Na frente de batalha, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) admite ter dificuldades para proteger os civis dos ataques de forças leais ao ditador Muamar Kadafi.
A ONU teme um desastre humanitário na Líbia. Cerca de 1 milhão de pessoas precisam ser alimentadas e 3,6 milhões necessitam de ajuda urgente. Um primeiro carregamento com 240 toneladas de alimentos para 50 mil líbios foi enviado ontem para o oeste do país.
"Conseguimos abrir um corredor humanitário", afirmou a porta-voz do Programa Mundial de Alimentação da ONU, Emilia Casella. Kadafi liberou a entrada de ajuda em Misrata, mas a Cruz Vermelha teme que esse acesso não seja mantido por muito tempo.
Outro problema é o dos refugiados. A Organização Internacional de Migrações (OIM) conseguiu retirar ontem 2 mil pessoas de Misrata por barco. Segundo a ONU, mais de 10 mil líbios que viviam no oeste do país fugiram para a Tunísia na última semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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